INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil investiga falsa enfermeira em Goiânia por estelionato

Gabrielle Cristina Lima Canuto atuou em pelo menos três hospitais da capital

Polícia Civil investiga falsa enfermeira em Goiânia por estelionato (Foto: Reprodução)

Gabrielle Cristina Lima Canuto, de 32 anos, é investigada pela Polícia Civil de Goiás por suposto estelionato por apresentar diplomas de graduação e pós-graduação falsos em Goiânia. As informações são de O Popular.

Na documentação falsa, Gabrielle teria se formado em enfermagem pela Universo em Goiás em 2011, quando tinha 23 anos. Em 2015, teria terminado uma especialização em ginecologia e obstetrícia na FacUnicamps.

A Universo, contudo, disse que a aluna não teve diploma expedido pela instituição, pois deve requisitos obrigatóriosela se matriculou em 2009. Já a FacUniCamps negou haver registros de Gabrielle.

Ainda assim ela conseguiu com os diplomas falsos uma carteira profissional no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) e ocupou cargos em três hospitais de Goiânia entre 2019 e 2021. O Coren-GO disse não saber das irregularidades.

O conselho abrirá um procedimento administrativo para apuração. Se a fraude for comprovada, encaminhará o caso à Justiça Federal.

Caso em investigação

O caso que segue com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga o período de outubro de 2020, época em que Gabrielle teria sido contratada por uma clínica de estética no Setor Marista, em Goiânia, como enfermeira para atendimentos pós-operatórios.

No boletim de ocorrência, consta que a suspeita ganhou a confiança e passou a trabalhar com funções administrativas. Ainda segundo a polícia, a a falsa enfermeira teria recebido dinheiro na conta particular, sem repassar integralmente ao estabelecimento. Além disso, teria se apropriado de próteses de silicone e emitido comprovantes irregulares.

Ainda segundo a reportagem, Gabrielle ocupou cargos variados em três hospitais de Goiânia de 2019 a 2021, inclusive de chefia de enfermagem no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. O salário era de mais de R$ 10 mil.

Destaca-se, ela já foi condenada pela Justiça Federal por diploma falso e carteira funcional ilegítima em Rondônia, por exercer ilegalmente a profissão entre 2012 e 2014. Gabrielle é natural de Belém. A condenação saiu em janeiro de 2019 e a pena de reclusão em regime aberto (3 anos e 6 meses de reclusão) foi substituída por uma pena pecuniária de 10 salários.

O Mais Goiás tenta conseguir contato com Gabrielle ou a defesa da suspeita. O espaço está aberto e esta matéria pode ser atualizada.