Polícia Civil investiga troca de bebês em hospital de Aparecida de Goiânia
Polícia Civil investiga troca de bebês em um hospital de Aparecida de Goiânia. Exame de…
Polícia Civil investiga troca de bebês em um hospital de Aparecida de Goiânia. Exame de DNA solicitado às famílias pela unidade hospitalar confirmou a troca das crianças. Em nota, a unidade de saúde afirma que registrou o fato em boletim de ocorrências e solicitou a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente (DPCA), para que auxiliassem na condução do caso. As investigações foram iniciadas na última quinta (27).
A delegada responsável pela investigação, Bruna Coelho disse que ainda não teve acesso aos documentos, mas vai conduzir os trabalhos no sentido de apurar se houve a identificação correta dos bebês e se a ação foi dolosa ou culposa. A policial afirma que tudo será encaminhado ao Judiciário para devida punição criminal.
De acordo com informações do Hospital São Silvestre, as crianças nasceram no dia 29 de dezembro e que realmente houve uma “quebra de protocolo” percebida no momento da alta médica das mães. Em nota, a unidade de saúde afirma que as duas famílias foram comunicadas do fato imediatamente e foi solicitada a realização de teste de DNA pelo hospital.
Realização do exame de DNA teve resistência das famílias, segundo hospital
A aceitação da realização do exame de identificação teve resistência de ambas as famílias, segundo nota do Hospital. O resultado do procedimento demora dias para ser concluído e as crianças já estariam sob os cuidados das supostas mães.
A confirmação da troca de bebês, com a conclusão da análise de DNA ocorreu no dia 24 de janeiro, quando as famílias foram informadas pela unidade de saúde sobre os resultados, sem que esses documentos fossem entregues às mães das crianças.
De acordo com o relato da defesa de uma das mães, o filho recém-nascido já estava à espera dela no quarto onde foi conduzida após o parto. Mas enfermeiros e funcionários entraram no quarto e começaram a questioná-la sobre características físicas do pai, momentos depois, indicando que já suspeitavam da troca das crianças.
Em nota, a advogada do Hospital São Silvestre afirma que abriu processo administrativo para apuração dos fatos e que já houve a suspensão de vários profissionais envolvidos no caso e que o resultado do exame foi informado às famílias na última segunda feira (24), “todavia, devido à emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento”. Uma das famílias já procurou a unidade hospitalar e que o resultado do exame já foi disponibilizado.
Leia a nota do hospital na íntegra
O Hospital São Silvestre informa que, de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital no dia 29 de dezembro de 2021. A situação foi percebida quando da alta médica de uma das mães, sendo que de imediato as duas famílias foram comunicadas e foi solicitado pelo Hospital a realização de teste de DNA. As famílias se mostraram resistentes a todo momento a qualquer exame, o qual levaria quinze dias para ficar pronto (conforme determinação do laboratório responsável pelo exame).
O resultado do exame foi informado às famílias na última segunda-feira (24), todavia, devido a emoção da situação vivenciada, não foi entregue qualquer documento. Mas uma das famílias já procurou o hospital e já foi disponibilizado o resultado do exame. Sendo inverídica a negativa por parte do hospital de demonstrar qualquer documento ou exame realizado.
O hospital abriu um processo administrativo ainda no dia 1º de janeiro de 2022 para apuração dos fatos, e já houve a suspensão de vários envolvidos. Foi solicitada na quarta-feira (27), a abertura de investigação na Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente, para que auxiliasse o hospital na condução do caso.
Nesta quinta-feira (27), foi protocolado informação dos fatos ao Ministério Público, para que preste o mesmo auxílio.
O Hospital entende a gravidade dos fatos, e se coloca, como se colocou em todos esses dias, à disposição das famílias ao que for necessário a fim de tentarem encontrar o melhor caminho.