Polícia Civil monta força tarefa para investigar homicídio de advogados em Goiânia
Frank Alessandro Carvalhaes de Assis e Marcus Aprigio Chaves foram mortos dentro do escritório de advocacia na tarde desta quarta-feira (28)
A Polícia Civil (PC) criou uma força tarefa para investigar a morte dos advogados Frank Alessandro Carvalhaes de Assis e Marcus Aprigio Chaves, assassinados a tiros dentro do escritório de advocacia na tarde desta quarta-feira (28). Por meio de nota, a corporação confirmou que o crime foi cometido por um homem por volta das 14h30 na Rua 9ª, no Setor Aeroporto, em Goiânia.
A força tarefa será composta por Rilmo Braga, delegado titular da Delegacia de Investigação de Homicídios em conjunto com outros quatro delegados. Além disso, outros 30 policiais civis participarão do trabalho, que contará com o apoio da Polícia Militar (PM), do Instituto de Criminalística e do Instituto de Identificação.
A PC informou ainda que não passará maiores detalhes para não atrapalhar as investigações.
Governador e entidades se manifestam sobre o caso
O governador Ronaldo Caiado (DEM), se manifestou a respeito do crime. Por meio de nota, Caiado afirmou estar perplexo e triste com a notícia. “É com perplexidade e imensa tristeza que eu e minha esposa, Gracinha Caiado, recebemos a notícia do crime que vitimou os advogados Frank Alessandro Carvalhaes de Assis e Marcus Aprigio Chaves. Em nome de todos os goianos, nós nos solidarizamos com os familiares e amigos, em especial, o desembargador Leobino Valente Chaves, pai de Marcus”, disse o governador.
Caiado ressaltou ainda que conversou com a Secretaria de Segurança Pública do Estado para determinar a rápida apuração do caso. “Já determinei ao secretário de Estado de Segurança Pública, Rodney Miranda, que mobilize nossas forças de segurança para promover uma apuração célere do caso e dar uma resposta o quanto antes à sociedade e às famílias das vítimas”, pontuou.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) também se manifestou, repudiando a “crescente escalada de violência contra a advocacia” e cobrando uma apuração rápida do caso.
“É inaceitável que a advocacia, um serviço indispensável à Justiça e ao funcionamento do Estado, tenha se tornado uma atividade de risco em pleno século 21. Ceifar a vida daqueles responsáveis pelo direito de defesa, com execuções sumárias, é um atentado não só contra a categoria, mas contra o Estado Democrático de Direito. Condutas medievais, bárbaras e truculentas como esta devem ser rapidamente investigadas e punidas, para que a cidadania prevaleça”, diz o texto.
A OAB-GO informou também que instruiu o advogado Edemundo Dias, presidente da Comissão de Acompanhamento das Investigações de Casos de Violência Praticados Contra Advogados em Goiás, a auxiliar nas investigações.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) decretou luto oficial de três dias em memória dos advogados assassinados. Uma das vítimas, Marcus Aprigio Chaves, era filho do desembargador e ex-presidente do órgão, Leobino Valente Chaves. Por meio de nota, o presidente Carlos Alberto França expressou “profunda consternação no meio judiciário goiano pelo falecimento dos advogados, que, ao longo de suas carreiras prestaram relevantes serviços à justiça goiana”.