Polícia Civil vai treinar advogados para uso de arma de fogo em Goiás
Assunto foi um dos pontos tratados numa reunião realizada na manhã de hoje, terça-feira (3), entre representantes da Ordem e o delegado-geral da Polícia Civil
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Polícia Civil de Goiás preparam um convênio entre os órgãos para oferecer treinamento para os advogados que já tenham porte de arma de fogo. O assunto foi um dos pontos tratados numa reunião realizada na manhã de hoje, terça-feira (3), entre representantes da Ordem e o delegado-geral da Polícia Civil, Odair José.
Ao Mais Goiás, o presidente da Casos de Violência Praticados Contra Advogados em Goiás (Cetiva) da OAB-GO, Edemundo Dias, informou que o convênio será firmado com a Polícia Civil através da academia da corporação, e oferecerá treinamento e capacitação para os advogados que queiram e que já tenham porte regular de arma.
“A gente também parte do pressuposto de que não basta você ter a arma como instrumento de defesa. Você tem que saber manusear ela, tem que ter preparo”, disse o advogado.
Já quanto ao livre porte de arma para o profissional advogado, outro ponto tratado com a Polícia Civil, Edemundo, que é delegado aposentado e tem diretor a portar arma de fogo, diz que é uma matéria que precisa ser discutida no Congresso Nacional. No entanto, o advogado conta que, no estado de Goiás, a OAB já aprovou “como tese de que a Ordem é favorável que os advogados tenham esse livre porte de arma“. “Mas isso tem que ser aprovado em lei específica”, ressalta.
Lista de vítimas
Ainda conforme Edemundo Dias, OAB-GO apresentou, na reunião com o delegado-geral da Polícia Civil, uma lista com 24 casos de advogados vítimas de atentados violentos nos últimos anos. Segundo ele, dos 24, 8 são do ano de 2019 até agora.
“A Polícia Civil vai avaliar para poder apresentar para nós a resolução de cada um, de todos eles. Alguns nós já sabemos que foram concluídos, outros estão inconclusos”, relata Edemundo.
Por fim, o advogado contou ao Mais Goiás que a Ordem pediu mais rigor na investigação quanto ao duplo homicídio dos advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, ocorrido no último dia 28 de outubro, em Goiânia. Edemundo revelo que a OAB-GO não está convencida da tese apresentada por um dos suspeitos, que está preso, de que se trata de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte).