Polícia conclui inquérito do caso de troca de corpos sem indiciar ninguém
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) informou que concluiu o inquérito do caso…
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) informou que concluiu o inquérito do caso da troca de corpos de idosos que morreram por covid-19, em Goiânia. De acordo com a corporação, o ocorrido se deu em razão de um engano da funerária e por não ter havido dolo, ninguém foi indiciado.
Segundo o delegado Rilmo Braga, responsável pelo caso, o inquérito foi concluído sem indiciamentos após a investigação constatar que a troca dos corpos dos idoso só aconteceu por “falta de cuidado” dos responsáveis, não havendo dolo. “A princípio o erro foi da funerária na hora de retirar os corpos, porque a identificação foi feita corretamente por parte do hospital”, informou.
“O crime é só doloso então, nesse caso, ninguém foi indiciado”, explicou Braga.
Relembre o caso dos corpos trocados
Após perderem seus familiares para a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, duas famílias viveram um drama ao descobrir que os corpos dos entes queridos, Jamir da Silva, de 70 anos, e Paulo Ribeiro Benedetti, de 66, foram trocados.
De acordo com a equipe jurídica que trabalha para família de Jamir, ambas as vítimas morreram no dia 14 de agosto, no Hospital e Maternidade Célia Câmara. Ao se deslocaram para o hospital para o reconhecimento do corpo, os familiares de Jamir descobriram que ele não estava mais lá.
Na época, Ana Lúcia Silva, da equipe jurídica da família de Jamir, contou que conversou com o diretor-geral da maternidade que explicou que a identificação de uma vítima da covid-19 se dá por uma placa que fica fora do corpo da pessoa para que o mesmo saia com o caixão lacrado do local.
Todavia, o corpo de Jamir havia sido trocado com o corpo de Paulo Ribeiro. Os familiares dele já tinham enterrado o corpo no Cemitério Jardim das Palmeiras quando, no dia 15, sábado, foram informados que o não era o parente deles que estava ali.
Na ocasião, o advogado do Hospital e Maternidade Célia Câmara, Alldmur Carneiro, declarou que, conforme corroborado pela investigação policial, o reconhecimento foi realizado pela familiares do seu Paulo e que a troca foi realizada pela funerária, no momento da retirada do corpo do local.