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Polícia desarticula grupos faccionados que executaram rivais em Terezópolis

Operação culminou no cumprimento de 17 mandados de prisão e oito de busca e apreensão em cidades da Região Metropolitana de Goiânia

A disputa entre membros de facções rivais por pontos de vendas de drogas, segundo a Polícia Civil, foi o que motivou dois assassinatos e três tentativas de homicídio registradas somente nos quatro primeiros meses deste ano em Terezópolis, cidade que fica na Região Metropolitana de Goiânia. Durante operação que desarticulou as duas quadrilhas, agentes do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) e do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Anápolis cumpriram, nesta sexta-feira (12) em Goiânia, Senador Canedo, Terezópolis, e Aparecida de Goiânia, 17 mandados de prisão e oito de busca e apreensão.

A execução de um adolescente na virada do ano, outro homicídio e duas tentativas anotadas em 30 de março, além de mais uma tentativa de assassinato ocorrida no último dia seis de abril, chamaram a atenção da Polícia Civil para a cidade de Terezópolis, que, até então, era considerada pacata. Inicialmente, a polícia imaginou que os crimes estariam sendo motivados por brigas entre torcidas organizadas.

Organograma preparado com base nas investigações (Fonte: PC)

“Durante as investigações nós constatamos que os autores dos assassinatos e das tentativas haviam se mudado para cidades próximas e lá receberam outras funções no tráfico, ocasião em que descobrimos que membros de duas facções criminosas rivais estavam se matando por conta de pontos de vendas de drogas em Terezópolis”, relatou o delegado Daniel Nunes, titular do GENARC de Anápolis.

Algumas das execuções, segundo apurou a polícia, foram ordenadas por criminosos que já estão presos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e que seriam líderes, em Goiás, de facções criminosas criadas em presídios de São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 17 mandados de prisão cumpridos hoje, oito foram contra criminosos que já estão recolhidos em penitenciárias do Estado.

Por meio de nota, a Diretoria de Administração Penitenciária (DGAP) afirma que colaborou com as investigações e com os mandados que foram cumpridos nesta sexta na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG) e na Central de Triagem. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão dos investigados que estavam nas ruas, a polícia apreendeu três armas de fogo, porções de maconha e cocaína e 50 munições de calibres restritos: Ponto 40 e Nove Milímetros. Um investigado, João Batista F. Neto, o “Gordão”, que também teve um mandado de prisão expedido, não foi localizado, e já é considerado foragido.