Polícia descarta uso de pesticida no caso de envenenamento de homem e mãe em Goiânia
Peritos seguem a busca por outros elementos de detecção mais difícil
A Polícia Científica descartou o uso de pesticida para envenenar e matar um homem e mãe dele, em Goiânia, no último dia 17. Na última quarta-feira (20), a Polícia Civil prendeu Amanda Partata como suspeita do crime que vitimou Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves.
Sobre a investigação, foram testados cerca de 300 pesticidas e o resultado foi negativo. A busca pelo elemento ocorreu primeiro, pois seria o caso mais comum.
Ainda segundo a Polícia Científica ao Mais Goiás, não é possível fazer uma investigação geral das substâncias. Desta forma, é preciso dar sequência com a busca por outros elementos, que são de detecção mais difícil – o que ocorre neste momento.
Caso haja uma resposta até o fim do dia, na quarta-feira (27) haverá um laudo. Se não, continuam as análises.
Caso
Amanda foi presa na última quarta-feira. Ele negou o ocorrido e disse que “amava a família”. Na quinta-feira (21), a Justiça manteve a prisão temporária da suspeita. Confira como foi o dia 17 da suspeita:
- Na manhã de domingo, Amanda Partata, que é de Itumbiara, estava estava hospedada em um hotel, em Goiânia. Ela, então, foi até um mercado localizado no Setor Marista;
- No local, ela comprou diversos alimentos, como biscoito de queijo, pão de queijo, suco de uva, bolo no pote, etc. A Polícia Civil teve acesso a nota fiscal;
- Ela, então, voltou ao hotel com esses alimentos. Conforme a polícia, ela poderia ir direto para casa da família do ex, mas retornou ao hotal antes de ir à casa das vítimas;
- Ela chegou na casa das vítimas por volta das 9h. No local, as vítimas ingeriram os alimentos. O tempo de permanência da suspeita na casa foi de aproximadamente 3 horas;
- Logo que deixou a residência, ela recebeu um áudio no WhatsApp. Era o ex-sogro, Leonardo Alves, passando mal. Ele reclamava de fortes dores estomacais, vômito, diarréia e disse: “Olha, você tá grávida, vai pro hospital, porque eu estou passando muito mal. Minha [Luzia] mãe está passando muito mal.“ Eles mostraram preocupação com a Amanda;
- A suspeita já voltava para Itumbiara. No município, ela procurou o hospital por volta de meia noite, depois da notícia de que o Leonardo havia falecido.
O namoro de Amanda Partata com o filho da vítima durou um mês e meio, segundo a Polícia Civil. Eles romperam em 10 de agosto e esta seria a motivação. A mulher é suspeita do envenenamento e morte do ex-sogro, Leonardo Alves, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves.
Os advogados da suspeita aguaram o desenrolar da investigação para comentar sobre as acusações. Apesar disso, contestam a prisão, uma vez que Amanda se apresentou à delegacia e entregou documentos, além de revelar a localização dela e estado de saúde.
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