Polícia descobre nova vítima de médico acusado de assédio sexual em Iporá
Vítima foi a segunda paciente a denunciar o ortopedista
Uma jovem de 21 anos procurou a Polícia Civil, nesta terça-feira (22), para dizer que também foi vítima do o médico ortopedista O. R. B. N., indiciado por violação sexual mediante fraude cometido contra uma paciente em Iporá, a 226,5 km de Goiânia. Esta jovem diz que estava se consultando com o médico e que ele usou o pretexto de fazer um exame físico para cometer os abusos – o que coincide com o relato da primeira vítima.
“Procurei ele porque estava sentindo dores no braço. Durante a consulta, ele disse que precisava tocar no local da dor. Só que ele começou a pegar nos meus seios. E eu falava o tempo todo que a dor era no braço, não no seio”.
Em entrevista para a TV Anhanguera, a jovem revelou que o crime aconteceu em setembro de 2020, mas pelo medo de que não acreditassem no que aconteceu com ela, ela relatou o caso somente para a irmã. Depois de ver que a mulher de 46 anos denunciou o crime, ela teve coragem de procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Iporá.
“Quando eu vi a notícia de que uma outra mulher estava o acusando de crime sexual, eu me lembrei do que aconteceu comigo. Como eu sou casada, fiquei com medo que as pessoas duvidassem de mim e isso prejudicasse o meu casamento. Por isso, me calei. Mas, agora não dá mais”, disse.
A jovem contou que além de tocar nos seus seios, o médico ainda ficou com o genital para fora da calça e pediu que ela o tocasse. “Ele estava posicionado atrás de mim, pediu para eu colocar a mão para trás, para tentar tocar na mão dele. Eu obedeci, mas acabei encostando em outra coisa, que foi quando vi que ele estava com as partes íntimas para fora da calça”, contou.
Ela ressaltou que, durante toda a consulta, ela estava com o filho de dois anos, que presenciou o crime.
Em nota, a defesa do médico ortopedista negou todas as acusações. Disse, também, que o processo tramita em segredo de Justiça. Por isso, não ira comentar sobre os fatos, que ainda serão objetos de apuração.
Relembre
Também em Iporá, nesta segunda-feira (21), a Polícia Civil informou que um médico ortopedista foi indiciado pelo crime de violação sexual mediante fraude, cometido contra uma paciente. O profissional teria colocado o pênis ereto para fora da roupa e esfregado o órgão na vítima. O crime ocorreu no último dia 31 de maio.
Durante a investigação, foram colhidas provas de que o homem usou um exame físico realizado nas costas da paciente como pretexto para o abuso sexual. No dia do crime, o médico pediu para que a mulher colocasse as duas mãos para trás. Em seguida, esfregou a genitália na mulher.
Assustada, a paciente se virou e viu o médico exibindo seu genital. Ela, então, começou a gritar por socorro. A mulher foi rapidamente atendida por outros médicos e enfermeiras do hospital. À época do crime, o caso foi comunicado à direção e a vítima registrou a ocorrência na delegacia, dando início às investigações.
O delegado responsável pelo caso revela ainda que, durante as apurações, uma enfermeira relatou que também foi assediada sexualmente de forma semelhante pelo mesmo médico. Segundo a mulher, sem consentimento, suspeito exibiu o pênis ereto e tentou praticar sexo com ela dentro do consultório.
O médico foi indiciado por violação sexual, crime com pena de até 6 anos de reclusão. Além disso, o homem foi suspenso temporariamente do exercício da medicina e aguarda agora a decisão judicial. O Conselho Regional de Medicina de Goiás foi comunicado para instaurar processo disciplinar por infração ético-profissional.
*Com informações do G1