SEGUE SENDO INVESTIGADO

Polícia diz que ainda não consegue comprovar organização criminosa ligada a Lázaro

Apontado como autor de 30 crimes, ele foi morto no dia 28 de junho

(Foto: Reprodução Web)

A Polícia Civil ainda não conseguiu comprovar a existência de uma organização criminosa ligada a Lázaro Barbosa de Sousa. Durante as investigações, os civis acreditavam que empresários e até políticos estariam envolvidos com os crimes praticados do homem que ficou foragido por 20 dias na região de Cocalzinho de Goiás. No total, 13 inquéritos que apuravam crimes supostamente praticado por ele já foram concluídos. No entanto, novos procedimentos podem ser abertos se houver indício de envolvimento de mais pessoas.

Lázaro era apontado como o suspeito de mais de 30 crimes em Goiás, na Bahia e na Distrito Federal. Um deles foi o assassinato de uma família em Ceilândia, que vitimou quatro pessoas e gerou as buscas em Goiás, e ainda está sendo investigado. Dos 13 inquéritos concluídos, houve o pedido de arquivamento de dez, nos quais Lázaro teria agido sozinho.

O fugitivo morreu no dia 28 de junho durante um confronto policial. À época, a polícia divulgou a suspeita de que ele poderia agir como jagunço para fazendeiros da região e que os crimes cometidos por ele poderiam estar ligados a conflitos fundiários. Também foi levantada a hipótese de que ele agia a mando de outras pessoas da região.

Porém, até o momento, não houve comprovação sobre o suposto grupo, segundo informou o delegado Cléber Martins, nesta quarta-feira (28). “Organização criminosa não está claramente evidenciada neste momento, nos procedimentos concluídos, porém novos levantamentos seguem e, tendo elementos de justa causa nesse sentido, novos procedimentos poderão ser instaurados para responsabilização.”

Ajuda

Conforme apurado pela Polícia Civil, o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, deu abrigo e comida para Lázaro durante o período que ele estava foragido. Ele também teria tentado atrapalhar as investigações dando pistas falsas à polícia. Ele, no entanto, se manteve em silêncio durante os depoimentos. À época, um caseiro também foi preso suspeito de ajudar o foragido, mas, como não ficou comprovado seu envolvimento no crime, ele foi solto.

Foram indiciadas, na segunda-feira (26), a ex-esposa de Lázaro, Luana Cristina Evangelista, e a mãe dela, Isabel Evangelista de Sousa, também por ajuda o fugitivo. Luana contou à polícia que o ex-marido apareceu na casa onde elas moram e lhe deu R$ 300. Já a viúva de Lázaro, Ellen Vieira, também indiciada, confessou aos policiais que trocou mensagens com o marido antes dele ser baleado e morto em confronto com a polícia. A defesa das três mulheres não quis se posicionar sobre o caso.

Todos, se condenados, vão responder por favorecimento pessoal, cujo a pena varia de um mês a seis meses de reclusão. O fazendeiro pode responder, ainda, por posse ilegal de arma.

*Com informações do G1