Polícia encontra 3,6 mil litros de aguardente falsa, em Goiânia
Proprietário da distribuidora em que bebida foi localizada não foi preso, mas prestou depoimento à Polícia Civil
Após denúncia, a Polícia Civil encontrou 3.600 litros de aguardente em tonéis, nos fundos de uma distribuidora de bebidas, em Goiânia, na manhã desta terça-feira (8). Há suspeitas de que o local funciona como um laboratório de falsificação de bebidas, pois além de grandes quantidades do produto, foram encontradas garrafas vazias com rótulo de uma cachaça nacional que seriam envasadas com a bebida que estava nos barris.
O delegado Rodrigo do Carmo Godinho explicou que a denúncia recebida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) foi a de que o proprietário da distribuidora mantinha um laboratório de falsificação de bebidas no fundo do estabelecimento. No ano passado, o homem identificado como S.G.C, recebeu visitas de fiscalização da Polícia Civil e do Ministério da Agricultura após comprar 15 mil litros de aguardente e manter sem condições ideais de acondicionamento.
Rodrigo explica que S.G.C alegou que parte da bebida foi devolvida ao vendedor e que o restante ainda seria recolhida. “Essa explicação que ele deu foi inverosímel já que foi notificado há mais de um ano de que não podia guardar a bebida de qualquer jeito, mesmo tendo apresentado nota fiscal. Além disso, na carreta usada pelo homem foram encontradas garrafas vazias com rótulo de uma cachaça nacional. Há fortes suspeitas de que ele encheria esses recipientes com a bebida falsa e venderia”, conta o delegado.
A explicação dada pelo dono da distribuidora à Polícia foi de que revenderia a aguardente no interior com preço mais alto do que comprou, contudo sem colocar em recipientes com rótulo e marca. Além da suspeita de falsificação, o delegado conta que o produto está sem acondicionamento ideal, guardado em toneis que ficam em um ambiente com mofo, poeira e muita sujeira.
S.G.C foi conduzido à Decon para prestar esclarecimentos mas não foi preso. Rodrigo explica que não há elementos suficientes que justifiquem a prisão do homem. “A condução dele para a delegacia foi o primeiro passo, mas as investigações devem continuar. Aguardamos o laudo da perícia para saber se o produto estava impróprio para consumo. Enquanto isso vamos empreender outros ações”, finaliza o delegado.