Polícia Federal vai investigar queda de aeronave com morte de bebê
Piloto, que é empresário, portava uma arma, e será apurado se ele tinha autorização para estar armado; Aeronáutica afirma capacidade de tripulação era para dois integrantes
A Polícia Civil de Goiás informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que o acidente aéreo que matou um bebê de 1 ano e 6 meses será investigado pela Polícia Federal. Segundo o delegado responsável por iniciar o inquérito, o piloto, empresário Nehru El-Aoua, de 59 anos, portava uma arma de fogo, mas ainda será apurado se ele tinha autorização para estar armado.
Conforme expõe a assessoria, desde o choque entre um jatinho da Legacy com o avião da Gol, em 2006, há uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a federalização de investigações em situações semelhantes. O mesmo aconteceu quando o ministro Teori Zavascki morreu após a queda de um aeroplano, em janeiro de 2017 e quando o avião com o presidenciável Eduardo Campos caiu, em 2014.
Aeronave caída em Goiânia, Fox Vector de prefixo PU-EFG, é um veículo experimental. Normalmente, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) este tipo de avião é utilizado para lazer ou para experimentar novos conceitos e tem restrições de operação como por exemplo, voar em áreas pouco povoadas. O aeroplano tem capacidade para apenas duas pessoas, conforme informação repassada pela Aeronáutica.
Ainda segundo agência, por conta desta situação, o avião não precisa apresentar certificado de aeronavegabildade e Inspeção Anual de Manutenção (IAM), que avalia as condições mecânicas do avião.
Equipes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) devem apurar as causas do acidente.