Polícia identifica primeiro corpo de detento morto em rebelião no presídio semiaberto de Aparecida de Goiânia

Pablo Henrique Alves Silva, de 21 anos, é o primeiro detento morto durante rebelião no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia a ser identificado pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil de Goiás. A identificação foi confirmada no final da manhã desta quarta-feira (3) a através de exames papiloscópicos, ou seja, pelas impressões digitais.

Pablo Henrique foi preso em 2015 pela Rotam, no Bairro Goiá, com arma de uso restrito, um veículo SUV roubado, explosivos, drogas e uma balança de precisão.

Em entrevista ao Mais Goiás, a mãe de Pablo, a dona de casa Damaura Alves de Morais, de 65 anos, lamentou a morte do filho e questionou o sistema penitenciário. “É muito triste perder um filho, por mais que ele tenha errado, era meu único filho. Aquele lugar lá não é lugar de gente, aquilo lá é uma vergonha”, disse.

Ela disse ainda que visitou o filho no último domingo (31) e que ele estava tranquilo e feliz por ter ido para o semiaberto. “Tinha apenas uma semana que meu filho estava lá. Eu estava arrumando as documentações para conseguir a tornozeleira e ele cumprir a pena em liberdade.”

Damaura ficou sabendo da rebelião pelo jornal e desde então buscava informações a respeito do filho. Segundo ela, um agente penitenciário teria informado de que Pablo havia fugido durante a confusão.

Na segunda-feira (1), a mãe de Pablo chegou a receber uma foto de um corpo pelo celular com as características do filho, mas não acreditou que ele estaria morto. Na quarta-feira (3), ela foi no Instituto Médico Legal (IML) e lá foi informada de que o filho foi identificado pelas impressões digitais.

A mãe disse que o corpo não será velado, e que o sepultamento será na quinta-feira, (4), no Cemitério Jardim da Esperança, no setor Buenos Aires, em Aparecida de Goiânia.