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Polícia indicia empresária goiana acusada de homofobia contra ex-funcionário: “Além de viado é pobre”

Mulher disse ainda que em sua família "tem coisa pior"

Uma empresária goiana do ramo de produção e comercialização de cannabis está enfrentando acusações de homofobia e injúria após ser indiciada pela polícia. O caso remonta ao ano passado, e teria ocorrido durante um congresso de saúde. Na oportunidade, a mulher referiu-se ao noivo de um funcionário, que depois chegou a ser contratado pela empresa, com comentários depreciativos, dizendo que ele, “além de viado, era feio e pobre”. Os eventos ocorreram na presença de outros funcionários, que se tornaram testemunhas no processo em curso.

O funcionário em questão não chegou a ouvir as ofensas. Entretanto, após alguns meses, o noivo dele, Gabriel, decidiu revelar o ocorrido ao companheiro, que registrou um Boletim de Ocorrência contra a empresária. Esta, por sua vez, foi indiciada por homofobia em janeiro deste ano, e o caso está atualmente nos tribunais.

Acontece que, durante uma reunião presencial que foi gravada por Gabriel, a empresária não só admitiu ter proferido os comentários, mas também tentou justificá-los como uma “brincadeira”. Ela alegou ainda que em sua própria família há pessoas “gays e pobres e até coisa pior”.

O casal Lucas e Gabriel afirma que decidiu expor o caso para que a homofobia no local de trabalho seja enfrentada. A ofensa, ocorrida em maio do ano passado, só veio à tona em outubro, quando Lucas tomou conhecimento da situação e decidiu agir, registrando o B.O.

Agora, com o processo em andamento, eles esperam que a justiça seja feita e que a empresária seja responsabilizada por suas ações, tanto de homofobia quanto de injúria.

O Mais Goiás entrou em contato com a presidente da USA Hemp, mas até a publicação desta matéria a empresária não havia respondido a solicitação de posicionamento. O espaço está aberto.

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