ESTELIONATO

Polícia indicia família por golpe de R$ 618 mil em banco de Caldas Novas (GO)

Organização criminosa era composta por dois funcionários do banco e outras três pessoas. Quatro são da mesma família

Polícia indicia família de estelionatários por golpe de R$618 mil em banco de Caldas Novas (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil indiciou cinco membros de uma organização criminosa suspeitos de causar um prejuízo de R$ 618 mil em um banco de Caldas Novas, região sul de Goiás. Composto por quatro membros da mesma família e um amigo, dois deles funcionários do banco, o grupo desviava dinheiro por meio de depósitos com envelopes vazios. O nomes dos envolvidos não foram divulgados.

O crime ocorreu em 2019, mas a denúncia chegou na Polícia Civil em 2020. Desde então, o grupo é investigado. No último dia 11 de fevereiro, a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão.

Suspeitos depositavam envelopes vazios e liberam créditos

Segundo a apuração da polícia, os suspeitos abriram empresas de correspondentes bancários que tinham um limite diário de transações financeiras. Quando atingia esse limite, novas transações eram bloqueadas e para desbloqueá-las, a empresa tinha que realizar um acerto junto ao banco. Os suspeitos efetuavam depósitos de envelopes vazios nos caixas eletrônicos e o crédito era liberado de forma imediata, antes que os envelopes fossem conferidos.

Composição da organização criminosa (Foto: Polícia Civil)

Dois funcionários do banco, também envolvidos na fraude, validavam os depósitos falsos e faziam o acerto contábil da empresa sem informar a gerência sobre o falso depósito. Assim, o grupo conseguiu liberar créditos maiores que o limite diário, o que gerou prejuízo ao banco.

Grupo foi indiciado por estelionato e organização criminosa

Imagens de câmeras de segurança da instituição registraram quando os suspeitos depositavam os envelopes vazios. Na data da prisão, a polícia apreendeu R$20 mil em espécie na residência da família. Os cinco foram indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa com pena de até oito anos de reclusão e seguem presos a disposição do Poder Judiciário.

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