Polícia indicia médico de Goiás que acorrentou funcionário negro durante ‘brincadeira’
Homem acorrentou um funcionário negro e gravou um vídeo 'de brincadeira', onde fazia menção a uma situação análoga à escravidão
A Polícia Civil concluiu a investigação a respeito do caso do médico, da cidade de Goiás, que acorrentou um funcionário negro e gravou um vídeo ‘de brincadeira’, onde fazia menção a uma situação análoga à escravidão.
A polícia concluiu que o médico, ainda que brincando, incitou o preconceito através da discriminação de raça, etnia ou cor. De acordo com a corporação, o inquérito será remetido ao Poder Judiciário ainda hoje (14).
Nas imagens gravadas pelo médico, é possível ver o funcionário com correntes nos pés e algemado. “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala”, diz o médico na filmagem.
O Mais Goiás não conseguiu contato com o médico até a última atualização desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
Relembre o caso do médico que acorrentou funcionário negro
O vídeo foi gravado em um cômodo da fazenda do médico e publicado por ele mesmo, no dia 15 de fevereiro, nas redes sociais. Depois que a filmagem viralizou na internet, muitas pessoas denunciaram o caso à polícia, que passou a investigar o caso.
Em outro trecho do vídeo, o profissional acrescenta: “tenta fugir, pode ir embora” e o homem acorrentado também ri.
Durante as investigações o funcionário negou que tivesse sofrido qualquer constrangimento e disse que ‘tudo não passou de uma brincadeira’. Ainda de acordo com o homem, ele trabalha há cerca de três meses na fazenda do médico, e ‘jamais sofreu qualquer tipo de violência, ameaça ou xingamento por parte do profissional’.