CRUEL

Polícia indicia suspeito de matar professor do Piauí, em Planaltina (GO)

Vítima se desentendeu com um suspeito, que o matou; outras duas mulheres ajudaram a esconder o corpo

Mateus da Silva Castro é suspeito de matar o professor, Denes Marlio Lima Neres, com golpes de pedra (Foto: Divulgação – PC)

A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou três pessoas suspeitas de matar o professor Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, na cidade de Planaltina de Goiás. O crime aconteceu no último dia 1° de março, que era terça-feira de carnaval. Denes havia acabado de chegar do seu estado de origem, o Piauí, e conheceu Mateus da Silva Castro, com quem decidiu sair para ‘conhecer a cidade’. Contudo, a vítima se desentendeu com Mateus por possíveis razões homofóbicas e o rapaz matou o professor com pedradas. As outras duas suspeitas de envolvimento no crime são garotas de programa, que ajudaram na ocultação do cadáver.

De acordo com a polícia, Denes andava pelas ruas de Planaltina da manhã de carnaval quando conheceu Mateus. Na ocasião, o professor informou que havia acabado de chegar gostaria de “curtir”. Mateus, juntamente com a vítima, adquiriu duas porções de cocaína e algumas bebidas alcóolicas e ambos  se dirigiram para uma residência no Bairro Itapuã, na cidade.

As investigações apontam que houve um desentendimento por possíveis razões homofóbicas dentro da residência. Nesta situação, o Mateus se armou com uma pedra e golpeou a cabeça de Denes até a morte. Após o ocorrido, o suspeito se apossou de dois aparelhos celulares que pertenciam ao professor e se dirigiu para a região central de Planaltina, com o objetivo de vender os objetos pelo valor total de R$ 350.

Professor Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, morreu assassinado em Planaltina de Goiás (Foto: Divulgação – PC)
Professor Denes Marlio Lima Neres, de 26 anos, morreu assassinado em Planaltina de Goiás (Foto: Divulgação – PC)

Ainda de acordo com a apuração dos fatos, depois que vendeu os celulares, Mateus seguiu para um prostíbulo e informou o crime para duas garotas de programa que conhecia.

Garotas de programa fizeram plano para ocultar cadáver do professor

De acordo com o delegado do caso, Thiago César de Oliveira, Mateus e as duas mulheres arquitetaram um plano para ocultar o cadáver do professor e ainda dificultar uma futura investigação.

Os três suspeitos compraram gasolina, voltaram na casa e pegaram o corpo da vítima. Em seguida, o enrolaram em um cobertor e o levaram para um local descampado na região do bairro Paquetá, onde atearam fogo o cadáver.

Após toda a empreitada, as garotas de programa deixaram Mateus em um hotel na periferia de Planaltina. No dia seguinte (02/3), o corpo foi encontrado parcialmente carbonizado. A identificação da vítima aconteceu somente no dia 05 de março.

Familiares e amigos pedem ajuda para levar corpo do professor encontrado carbonizado em Planaltina (GO) para o Piauí
Familiares e amigos pedem ajuda para levar corpo do professor encontrado carbonizado em Planaltina (GO) para o Piauí (Foto: Polícia Civil DF)

Suspeito de matar professor tem antecedentes

Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu chegar até Mateus, que apesar de ter apenas 18 anos, é conhecido no meio policial por ter quase duas dezenas de ocorrências policiais em Goiás e no Distrito Federal pelos mais diversos delitos.

No último dia 18 de março, chegou ao conhecimento da polícia que Mateus foi preso por furtos de cabos elétricos  e um roubo na cidade de Sobradinho, no Distrito Federal.

Pelo crime que cometeu em Goiás, Mateus deve responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa. Por sua vez, as duas garotas de programa serão indiciadas pelos delitos de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa.

Considerando que o investigado é contumaz infrator dos mais diversos delitos – contra o patrimônio e contra a vida -, bem como por ser investigado na região do entorno norte de Goiás e no DF, sua imagem foi divulgada, por meio de despacho fundamentado do delegado responsável pelo inquérito policial, com fulcro nas disposições da Lei 13.869 e Portaria 547/2021 – PC.