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Polícia investiga denúncia de professora que diz ter fotos nuas vazadas por alunos em Alto Paraíso de Goiás

Bruna Flor de Macedo Barcelos foi demitida pela escola estadual onde trabalhava há apenas oito meses

VIA O GLOBO – A professora de história Bruna Flor de Macedo Barcelos denunciou à polícia que teve fotos nuas dela nua vazadas por estudantes após eles acessarem pastas privadas do celular pessoal dela. A professora foi demitida da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás (GO), próximo ao Distrito Federal. De acordo com o delegado Rafael Rossi, o caso já está sendo investigado.

— Acabamos de receber a denúncia e começamos a apuração — disse ao Globo.

Ela relata que teria emprestado o celular aos alunos para que eles registrassem fotos de um evento sobre o Mês da Consciência Negra para uma atividade que seria aplicada posteriormente. Os alunos teriam acessado a pasta de fotos particulares e compartilhado com os outros estudantes imagens dela nua.

A professora de Alto Paraíso de Goiás contou que a gestão da escola descobriu o caso após uma coordenadora ver estudantes reunidos, e perceber que eles estavam olhando as fotos. O caso aconteceu em novembro do ano passado.

“Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação”, disse a professora.

Segundo Bruna, após a situação ela passou a ser destratada no ambiente escolar por parte de colegas e da gestão. A demissão ocorreu em menos de oito meses após o início do contrato, em 2023. O retrato tinha duração de cinco anos, de acordo com ela. Bruna relata que vem passando por dificuldades financeiras, já que seu sustento vinha do trabalho na escola.

De acordo com o G1, a direção da escola localizada em Alto Paraíso de Goiás disse que o regimento interno deixa claro que os funcionários não podem emprestar seus aparelhos celulares de uso pessoal para os alunos. Além disso, a instituição teria orientado a professora a procurar a polícia.

O Globo entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação de Goiás para um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

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