Polícia investiga falsa esteticista que lesionou sete pacientes em Goiânia
Karina Jéssica Gomes Souza, que responderá em liberdade por três crimes, confessou que falsificou diploma para poder realizar procedimentos estéticos
Policiais civis do 4º Distrito Policial de Goiânia cumpriram, nesta terça-feira (22), cinco mandados de busca e apreensão em consultórios, e na casa de uma falsa esteticista, que atendia na capital. As investigações começaram depois que Karina Jéssica Gomes Souza, de 35 anos, foi denunciada por sete pacientes.
Pelo que já apurou a Polícia Civil, mesmo sem qualquer formação na área de saúde, ou estética, Karina Jéssica atendeu, nos últimos três anos, pelo menos 180 mulheres em Goiânia. Cinco pacientes, segundo o delegado Wellington Lemos, denunciaram terem tido reações adversas após ingerirem medicamentos indicados pela falsa esteticista, e duas relataram terem sofrido lesões no rosto, após a realização de procedimentos feitos pela falsa esteticista. Estes dois casos, afirmou o policial, já foram confirmados pela perícia.
Quando ouvida na delegacia, a mulher confessou que não possui formação superior, e que falsificou o diploma de farmacêutica para poder realizar procedimentos estéticos em Goiânia. Como também receitou medicamentos para os pacientes, Karina Jéssica foi indiciada por exercício ilegal da medicina e da estética, por lesão corporal, e por falsificação de documentos. A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa da investigada, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.
Suspeita não tinha consultório próprio, e só atendia em salas alugadas
Durante as investigações, a polícia descobriu que a falsa esteticista não tinha um consultório próprio, e, para dar mais confiança às pacientes, alugava salas de profissionais realmente capacitadas para tal atendimento. Durante os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão realizados hoje em consultórios nos setores Oeste, e Bueno, dois deles acabaram interditados por não possuírem alvará da Vigilância Sanitária, que também participou da operação.
Um pedido de prisão de Karina Jéssica, segundo o titular do 4º DP, não está descartado. “Nesta fase nós vamos juntar documentos que possam comprovar a materialidade do caso, e, ao final, decidiremos se pedimos, ou não, a prisão da investigada, que até agora colaborou com nosso trabalho”, finalizou.
De acordo com Wellington Lemos, “a divulgação da imagem e identificação da investigada foi precedida nos termos da Lei n°. 13.869/2019, portaria n.° 547/2021 – PC e despacho do delegado de Polícia Civil responsável pela investigação”.