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Polícia investiga furto de placas de transmissão de sinais de internet em GO, DF e TO

A Polícia Civil investiga o furto de placas de transmissão de sinais de internet de…

A Polícia Civil investiga o furto de placas de transmissão de sinais de internet de grandes operadoras com atuação em Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Segundo a corporação, um grupo criminoso furtava equipamentos e acessórios de telecomunicações para revendê-los a empresas de distribuição de banda larga focadas em cidades interioranas.

Uma dessas companhias, segundo as apurações, adquiria os dispositivos por cerca de 20% do valor de mercado. A empresa em questão tinha, inclusive, um plano de expansão, com meta de conquistar mais 45 mil clientes até o próximo ano.

As investigações tiveram início em janeiro, após o grupo criminoso ter furtado placas de transmissão de sinais de internet de uma torre erguida em Ceilândia (DF). O crime chamou a atenção dos agentes civis, pois se tratava de um furto de materiais muito específicos e valor de mercado, avaliado em mais de R$ 100 mil. Essa característica, segundo a polícia, também indicava se tratar de um grupo especializado.

Entre os dias 26 e 28 de outubro, investigadores participaram de uma megaoperação e cumpriram 32 mandados de busca e apreensão, sendo 26 deles em Goiás.

No Distrito Federal, equipes estiveram nas regiões da Estrutural, Saan, Vicente Pires e Ceilândia; em Goiás, nas cidades de Goiânia, Goiatuba, Acreúna, Inhumas, São Francisco, Mara Rosa, Porangatu, Santa Tereza e Trindade; e em Tocantins, na cidade de Palmeirópolis.

Entenda o esquema de furto de placas de transmissão de sinais de internet

Após o crime apurado em Ceilândia, investigadores identificaram um método milionário de furto, receptação e uso das placas das operadoras por parte de uma distribuidora de internet que atua no interior de Goiás.

Segundo a polícia, depois que o grupo furtava os equipamentos, os repassava para um receptador específico e também para outros de menor abrangência e atuação. Com isso, os equipamentos eram utilizados por essas empresas para a distribuição de sinais de internet nas cidades onde atuavam.

Segundo a Polícia Civil, a empresa optou por atuar nos interiores porque as grandes fornecedoras de sinal, geralmente, não têm interesse em prestar serviços nessas localidades. Assim, a empresa investigada supostamente comprava o sinal das grandes operadoras e revendia para os consumidores finais.

Os investigados

A mencionada grande empresa é o alvo principal da investigação até o momento. Apurações apontam que a companhia adquiria grande parte dos equipamentos furtados das torres de transmissão das operadoras.

De acordo com a polícia, os equipamentos roubados pertenciam à fornecedora contratada pela empresa investigada para então redirecionar os sinais de internet.

Apurações revelaram que o grupo criminoso responsável pelas subtrações cooptava ex-funcionários das grandes companhias de telefonia para realizarem os furtos

Até o momento, a polícia indiciou 10 pessoas por organização criminosa, furto e receptação, a depender da posição no esquema. A polícia continua em busca de novos envolvidos.

Anatel participou da operação

Os investigadores solicitaram a presença de representantes da operadoras de telefonia e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) durante o cumprimento dos mandados. Isso porque, os servidores poderiam verificar a procedência dos objetos sem causar a interrupção dos serviços de internet das cidades abastecidas pela empresa investigada.

De acordo com a Anatel, em cidades menores e mais distantes, o reestabelecimento pleno do serviço pode demorar até 24 horas. A presença dos técnicos permitiu apreender materiais verificados como de propriedade das operadoras.