Polícia investiga morte de gestante e bebê de Aragarças em pronto-socorro do MT
Saiury não tinha histórico e problemas de saúde durante gravidez
A Polícia Civil de Aragarças, em Goiás, vai investigar a morte de Saiury Pereira Sasa, de 19 anos, que estava grávida de oito meses. Segundo o marido da mulher, Marcos Denyver, a jovem deu entrada no Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), naquele município, nesta quinta-feira (1), com fortes dores abdominais. Complicações resultaram na transferência da mulher para um pronto-socorro do Mato Grosso (MT), onde ela e bebê acabaram em óbito.
Marcos revelou que a mulher teria sido medicada diversas vezes e feito exames durante o dia. No final da tarde, a gestante recebeu um diagnóstico de Síndrome de Hellp, considerada uma complicação grave de pressão arterial elevada em gestantes. Depois disso, a gestante foi encaminhada para o MT, onde ela e o filho não resistiram.
O delegado do caso, Fábio Marques, disse que o sogro de Saiury registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia do município. Marques ressaltou que já realizou a coleta de informações e instaurou um inquérito para apurar os fatos.
Em coletiva, nesta sexta-feira (2), o médico obstetra do Hospital Municipal de Aragarças, Wladimir Antônio Farias, informou que a equipe médica obedeceu aos protocolos e critérios no atendimento à Saiury, que não tinha histórico e problemas de saúde durante a gravidez.
Wladimir disse que a primeira avaliação ocorreu em torno de 8h e que a paciente apresentava quadro de epigastralgia e transtorno de ansiedade, mas que estava com os sinais vitais normais.
Segundo o médico obstetra, o primeiro indício de alteração na pressão arterial de Saiury ocorreu no fim do dia. Após exames apontarem a Síndrome de Hellp, a gestante foi transferida, porque precisaria dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) própria para a paciente e o bebê.
No entanto, enquanto aguardava a transferência para um hospital especializado em Goiânia, o quadro da paciente se agravou e ela foi encaminhada para uma semi-intensiva no Pronto Socorro de Barra do Garças, no Mato Grosso. De acordo com Wladimir, no entanto, a gestante teve uma parada cardíaca na unidade e foi para o centro cirúrgico para uma cesariana de emergência. Mãe e filho não sobreviveram.
Mayara Neves, secretária municipal de saúde, disse que o Comitê de Investigação de Óbito foi acionado para apurar se alguma conduta diferente poderia ter um resultado distinto para mãe e bebê.
O Mais Goiás tenta contato com a Polícia Civil e com Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV).
*Com informações da Polícia Civil e de portais de Aragarças e MT