Trabalho escravo

Polícia liberta trabalhadores em condições análogas à escravidão

Eles estavam em carvoaria e dormiam em camas improvisadas

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Uma operação do Comando de Operações de Divisas (COD) em conjunto com o Batalhão Ambiental da Polícia Militar (PM), libertou na tarde dessa quarta-feira (17/09), sete trabalhadores em condições análogas a escravidão, em uma carvoaria no município de São João d’Aliança, a 350 quilômetros de Goiânia.

Cada um recebia R$ 50 para trabalhar no local. Todos eles dormiam em camas improvisadas, feitas com galhos de árvores e pedaços de madeiras. Os colchões eram sujos e velhos. A mulher ficava em um cubículo separado por uma lona preta.

A água utilizada para eles beberem e tomar banho ficava em um grande tanque sem nenhum tipo de tratamento. A comida era pouca e feita em um fogão feito de tijolos e uma chapa de ferro.

De acordo com a polícia, a carvoaria funcionava no local há cerca de oito meses. O homem que arrendou a fazenda está foragido.

Os três trabalhadores foram resgatados pela polícia e levados para a delegacia de Alto Paraíso de Goiás, a 70 quilômetros do local, onde prestou depomento e foi liberado em seguida.

De acordo com a superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, este ano 44 pessoas já foram resgatadas nessas situações.

Os agentes fizeram um vídeo mostrando as condições precárias em que os trabalhadores viviam.