Segurança

Polícia Militar realiza patrulhamento no Campus Samambaia da UFG

Ação tem como objetivo garantir a segurança da comunidade universitária e das pessoas que transitam diariamente pelo campus

A Polícia Militar (PM) realiza patrulhamento no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) desde o dia 30 de outubro. Segundo Marco Antônio de Oliveira, presidente da Comissão de Segurança da instituição, a ação tem como objetivo garantir a segurança da comunidade universitária e das pessoas que transitam diariamente pelo campus.

“A princípio nossa maior preocupação é com o Campus Samambaia, sendo assim, o patrulhamento vai acontecer principalmente em locais de maior movimento, como pontos de ônibus, em especial nos horários de entrada e saída das aulas, bem como no período noturno”, disse o presidente. Ele explicou que essa ação está em fase de experiência e que reuniões ainda estão sendo feitas para concluir o protocolo que vai definir a atuação da PM no campus. Quando concluído, o protocolo será divulgado aos estudantes.

O Major Maximiliano Souza, comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, contou que a Patrulha Universitária possui uma viatura exclusiva para a UFG e que as rondas acontecem rotineiramente. “O policiamento acontece de segunda à sexta, das 7 horas da manhã à meia noite no campus e nas imediações para dar mais segurança aos alunos”, explicou.

Medidas de Segurança

De acordo com a Política de Segurança da UFG, a medida de segurança prioritária é reforçar a vigilância motorizada no Campus Samambaia. Atualmente, a ronda motorizada é composta por vigilantes armados que dispõem de seis motocicletas para atuarem diariamente pela universidade. “A ronda motorizada é uma segurança limitada que realiza um trabalho preventivo, portanto, não substitui o papel da Polícia Militar”, afirmou Marco Antônio.

Já no Campus Colemar Natal e Silva, no Setor Universitário, a medida de segurança adotada foi um Acordo de Cooperação entre a Polícia Militar, a Universidade Federal de Goiás e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), para a instalação de uma base fixa da Polícia Militar na Praça Universitária.

Outra medida recentemente implantada é o módulo de “Segurança” no aplicativo Minha UFG. Essa ferramenta permite o registro online de denúncias relacionadas à segurança e solicitação de apoio imediato da ronda motorizada. “Existia uma grande reclamação por parte da comunidade universitária sobre ter acesso aos seguranças do campus, com o aplicativo o usuário encontra os telefones atualizados para entrar em contato com a central de emergências”, disse o presidente.

Módulo de “Segurança” no aplicativo Minha UFG. (Imagem: Divulgação)

Ocorrências

De acordo com dados da Gerência de Segurança Institucional da UFG, de janeiro à outubro deste ano foram registradas 112 ocorrências, sendo 26 acidentes de trânsito, 5 arrombamentos em veículo, 22 assaltos, 13 furtos de veículo 34 furtos de patrimônio particular e 12 furtos de patrimônio público. Em setembro, um estudante morreu e outro foi baleado durante um tiroteio dentro do Campus II da Universidade Federal de Goiás (UFG). O caso aconteceu durante uma “Calourada Integrada”.

Já em novembro deste ano, foram registradas, até a tarde desta segunda-feira (13), três ocorrências, sendo um acidente de trânsito, um arrombamento em veículo e um furto de patrimônio particular.

Ocorrências registradas no Campus Samambaia este ano. (Imagem: Gerência de Segurança Institucional da UFG)

Com o objetivo de diminuir ainda mais o número de ocorrências no Campus Samambaia, foi criada a Central de Videomonitoramento, gerenciada pelos próprios vigilantes do quadro técnico administrativo da UFG. A Central compartilha as imagens relacionadas exclusivamente a roubos, furtos, assaltos e atuação de traficantes dentro do campus para que a Polícia Militar possa tomar as devidas providências.

Estudantes

As principais reclamações e denúncias por parte dos membros da comunidade universitária estão relacionadas a furtos de veículos e de objetos pessoais, como telefones celulares, bem como a presença de pessoas estranhas portando armas e a existência de pontos de venda de drogas no interior da universidade.

Jean Souza, de 19 anos, é estudante de Jornalismo da UFG e já foi assaltado próximo ao campus Samambaia. Ele reclama da quantidade de traficantes na universidade. “Sabemos que a polícia pode ser truculenta em determinadas ações, mas eu acredito que a presença deles no campus pode sim aumentar a segurança, pois eu me sinto muito receoso quando preciso passar pelo pátio da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), o que com certeza não deveria acontecer”, explicou.

Já Guilherme Henrique, de 18 anos, é estudante de Pedagogia no período noturno e se sente inseguro constantemente, principalmente enquanto espera o transporte coletivo nos pontos de ônibus da Praça Universitária. Apesar disso, ele é contra a presença da Polícia Militar no campus, pois essa ação pode oprimir os estudantes.

Assaltado por um motoqueiro na Praça Universitária, o estudante Johan Pedro, de 22 anos, acredita que além do patrulhamento, deveria haver mais iluminação em ambos os campus, bem como um controle de quem entra e sai dos prédios.

*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo