Inhumas

Polícia nega bilhete homofóbico em jovem gay assassinado

Principal linha de investigação é de que crime foi motivado por homofobia.

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O corpo do estudante João Antônio Donati, de 18 anos, que foi encontrado morto, na manhã de quarta-feira, foi enterrado por volta do meio-dia desta quinta-feira (11/09), em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia.

O delegado Humberto Teófilo, titular da Delegacia de Polícia Civil de Inhumas e responsável pelo caso, disse que o rapaz tinha marcas de agressão no rosto, mas não estava com as pernas quebradas e nem com um bilhete com declarações homofóbicas, como foi noticiado inicialmente.

De acordo com o delegado, o jovem foi encontrado com a boca cheia de papéis de picolé e sacolas plásticas, com a qual ele teria sido asfixiado.  Antes de morrer, Donati ainda teria lutado com com o agressor.

A família informou à polícia que o rapaz saiu de casa na manhã de terça-feira (9/10) e não teria voltado mais. Não foi informado para onde ele teria ido ao deixar a residência.

O delegado informou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República entrou em contato para pedir informações sobre o caso e cobrar atenção à investigação. Em nota, divulgada nesta tarde, o órgão também manifestou “suas mais profundas condolências à família e aos amigos de João Antônio Donati, apelando às autoridades do estado para que deem ao caso a devida atenção”.

Ainda de acordo com o delegado,  já foi instaurado um inquérito para investigar as causas da morte e a principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado por homofobia.