Investigação

Polícia pede ajuda da população para identificar autor de atentado a advogado

Cartazes com as imagens do suspeito, um idoso de aproximadamente 60 anos, serão distribuídos em Anápolis e Goiânia

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigação Criminal (Deic), apresentou na manhã desta quinta-feira (27) a foto do suspeito de realizar o atentado a bomba contra o advogado Walmir Cunha, ocorrido em 15 de julho. “Se alguém tiver alguma informação deste senhor, por favor ligue no Disque Denúncia, no 197”, pediu o delegado titular da Deic, Valdemir Branco.

Um senhor de aproximadamente 60 anos, entre 1,65m e 1,70m, é apontado como um dos mentores do ato, confirma o delegado. Cartazes serão distribuídos em Anápolis e Goiânia com as imagens do suspeito.

No dia 20 de setembro, a Polícia Civil divulgou um vídeo que mostra o suspeito de enviar bomba para o escritório de advocacia. Imagens de uma câmera de segurança, no setor Cidade Jardim, mostram um homem de aproximadamente 60 anos passando pela calçada momentos depois de negociar a entrega da encomenda, contendo o artefato explosivo, com um motoqueiro da região.

O motociclista, que não sabia do teor da embalagem, cobrou R$25 pela entrega. Ele foi ouvido pela polícia, que descartou participação no crime. De acordo com o delegado Valdemir Branco, o crime foi planejado e executado com precisão, o que leva a crer que um policial pode estar envolvido no atentado. Segundo apontou a perícia realizada, os materiais e a montagem do sistema de explosão indica que quem a produziu possui certo nível de especialização no assunto.

De acordo com Branco, outro dois indivíduos também estão envolvidos no crime, mas não terão as imagens divulgadas para não atrapalhar as investigações.

O delegado ainda confirmou que o atentado ocorreu por questões profissionais e não passionais. “Ele logrou êxito em uma ação específica, irritando os autores do atentado”, pontua.

Atentado

Militante nas áreas do Direito Empresarial e Agrário, Walmir Cunha, de 37 anos, foi vítima de um atentado a bomba no dia 15 de julho dentro de seu escritório, no Setor Marista. Ele recebeu um pacote enviado anonimamente como um presente. Assim que o advogado abriu a caixa ela explodiu, destruindo parte da recepção e ferindo a mão esquerda e o peito de Walmir.

Desde o incidente, Walmir foi tratado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou por três cirurgias, e em hospitais particulares, onde cuidou das graves queimaduras no abdômen. Como resultado do atentado, ele acabou com três dedos e parte da mão amputados.