Polícia prende goiano suspeito de falsificar diplomas de mestrado no Paraguai
Investigações terminaram nesta terça-feira (16). O investigado confessou os crimes
A Polícia Civil de Caldas Novas prendeu, nesta terça-feira (16), prende goiano suspeito de falsificar diplomas de mestrado no Paraguai. Os trabalhadores brasileiros realizaram curso de mestrado no exterior e necessitavam convalidar os cursos em território nacional.
Conforme informado pela polícia, em meados de 2019, um brasileiro – que morava em Caldas Novas e cursava medicina no Paraguai – conheceu as vítimas que também estudavam naquele país o curso de mestrado e lhes prometeu a validação do diploma paraguaio no Brasil. Ele cobrou R$ 15 mil por cada validação.
Caso o diploma fosse convalidado, o servidor conseguiria uma gratificação salarial. Ocorre que, após dezenas de servidores de Caldas pagarem pela certificação ao investigado, que hoje estuda medicina no estado da Bahia, surgiu a suspeita de que os certificados recebidos seriam falsificados. Diante da suspeita, a Polícia Civil iniciou uma investigação que culminou na comprovação da fraude, uma vez que as universidades negaram sobre a emissão dos documentos, uma vez que a instituição não possui autorização para emiti-los.
Após divulgação da notícia de que os referidos certificados eram falsificados, dezenas de vítimas procuraram a Delegacia de Polícia de Caldas Novas e representaram criminalmente contra o suspeito. As vítimas mostraram, através de depósitos bancários, o prejuízo que já supera os R$ 200 mil no total.
Ao ser denunciado, o investigado falsificou e-mails das universidades nos quais elas, em resposta, validavam os certificados emitidos. Este crime também foi desvendada em resposta aos ofícios da universidades à Polícia Civil, que concluiu não serem, portanto, autênticos os certificados.
Ciente das denúncias e da investigação em curso, o investigado compareceu espontaneamente à delegacia, momento em que foi interrogado e confessou ter recebido os valores a título de pagamento para providenciar a validação dos mestrados das vítimas. Disse também que as conheceu no exterior e também através de indicações.
O investigado alegou ainda a existência de uma outra pessoa que mora em São Paulo. Este o ajudava a confeccionar os certificados e dividia parte dos lucros. O suspeito, segundo o preso, seria quem enviava os certificados fraudulentos.
Diante das informações colhidas no inquérito até o momento, ele foi preso pelos crimes de falsidade de documento público e estelionato. Se condenado pelos crimes, a pena poderá superar 5 anos de prisão.
*Com informações da Polícia Civil