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Polícia prende monitor de escola por estupro de criança e procura novas vítimas em Alvorada

Investigação buscará agora possíveis novas vítimas do acusado, que trabalhava em uma escola

Polícia prende monitor de escola por estupro de criança e procura novas vítimas em Alvorada (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu o monitor de uma escola municipal em Alvorada do Norte que estuprou uma menina de 12 anos no mês passado. O inquérito está em fase adiantada e o delegado Caio Menezes já tem elementos suficientes para atestar a materialidade delitiva e a autoria, que são requisitos para decretação de prisão preventiva. O Ministério Público concordou com a medida. O sujeito estava escondido em Brasília desde que soube que polícia estava no seu encalço. Ficará detido em Simolândia. Contra ele, há indícios de que estuprou pelo menos outras duas menores de idade.

O crime aconteceu na casa do suspeito (que já foi radialista na cidade), sem os pais da criança soubessem. Dias antes, o monitor conheceu a garota em uma live, transmitida pela internet, e dedicou-se a conquistar a confiança dela por meio de troca de mensagens. Em dado momento, o homem disse à garota que ela havia vencido um sorteio e que havia um prêmio para ela buscar na casa dele. Sem avisar a família, a criança foi ao local e o estupro ocorreu.

A vítima voltou com uma sacola cheia de salgadinhos e refrigerantes. Ela estava agitada, o que gerou desconfiança da família. A tia foi à casa do monitor, devolveu os “brindes” e avisou-o que conhecia a sua má fama na cidade. Horas depois, o exame de corpo de delito solicitado pela família à polícia comprovou que o hímen da criança havia sido rompido.

Polícia procura novas possíveis vítimas de estupro do monitor

Foi a Polícia Militar quem primeiro divulgou a informação de que o monitor teria praticado o estupro. Em ato contínuo, a escola o afastou da função. Detalhes a respeito do tempo em que ele ocupou o cargo são tratados de forma delicada, porque serão estratégicos para a polícia investigar novos crimes. O delegado Caio Menezes afirma ao Mais Goiás que a prisão do sujeito dá, à Polícia Civil, a esperança de que novas vítimas se encorajem a denunciá-lo. “Ainda não deu tempo de isso acontecer, mas pode ser que nos procurem nos próximos dias”, diz Caio.

O delegado afirma que o inquérito foi encerrado com quantidade abundante de elementos que atestam a materialidade delitiva e a autoria. Os mais importantes são a perícia e as testemunhas – entre elas a tia, que foi à casa do homem devolver a sacola de salgadinhos. Caio Menezes afirma que ainda não foi possível ouvir a criança, porque este depoimento só pode ser tomado na presença de um psicólogo habilitado (não havia um no município no correr do inquérito). Mas, mesmo sem a oitiva da vítima, já há indícios suficientes para encarcerar o sujeito.