'DEPÓSITO FAKE'

Polícia prende suspeitos de aplicar golpes no comércio com falsos pagamentos

As principais vítimas do golpe conhecido como Depósito Fake eram lojas revendedoras de pneus

A Polícia Civil de Goiás prendeu preventivamente, na última quarta-feira (19), dois suspeitos da prática do crime de estelionato contra lojas revendedoras de pneus. Os indivíduos aplicavam o golpe conhecido como “depósito fake”, em que compravam pneus e utilizavam um aplicativo que simulava transferências bancárias para enganar as vítimas.

Os dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Senador Canedo e Goiânia no âmbito da Operação Pneuma, conduzida pelo delegado Leonardo Sanches. De acordo com a Polícia Civil, os investigados são especializados em praticar estelionatos na modalidade Depósito Fake e suas principais vítimas eram sempre as revendedoras de pneus.

Segundo o delegado, os dois indivíduos foram presos no dia 22 de julho, em Goiânia, pela prática de estelionato. Porém, foram colocados em liberdade após receberem um alvará de soltura. No dia 8 de agosto, com 15 dias de liberdade, a dupla voltou a cometer o crime, dessa vez contra uma revendedora de pneus do município de Silvânia, chamada Ferreira Importados.

Na revendedora de Silvânia os suspeitos simularam a compra de seis pneus no valor de R$ 6.780,00, aplicando em seguida o golpe do Depósito Fake. Porém, os policiais conseguiram, através de câmeras de monitoramento da cidade de Bonfinópolis, identificar a placa do automóvel utilizado pelos criminosos e comprovar o dia e a hora em que eles utilizaram uma carretinha reboque para o transporte dos pneus adquiridos.

Quanto aos pneus, os investigados alegaram que os venderam para um caminhoneiro não identificado. Segundo o delegado, os investigados se preparavam para praticar mais um golpe no dia em que foram presos.

O golpe do ‘depósito fake’

De acordo com o delegado Leonardo Sanches, o golpe consistia na ida dos suspeitos às lojas revendedoras de pneus para compra dos produtos. Lá, eles abriam aplicativos que simulavam transferências bancárias e e realizavam depósitos falsos para a conta do comerciante. “Eles, então, mandavam um comprovante no WhatsApp do dono da loja, ou do vendedor e aí eles autorizavam a retirada da mercadoria. Os próprios estelionatários investigados carregavam os pneus e colocavam na carretinha e logo em seguida seguiam em direção a Goiânia”, detalha Sanches.