Polícia vai coletar DNA de 400 pessoas para resolver casos de estupro em Goiás
Foram intimados para coleta 133 condenados por dia que cumprem pena em regime aberto ou semiaberto
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) vai coletar o material genético de DNA de 400 condenados por estupro e homicídios que cumprem pena em regime aberto ou semiaberto. Com os dados será realizada a identificação criminal. A Operação Obsidiana, como foi intitulada a ação, teve início na terça-feira (23) e vai até esta quinta-feira (25).
Foram intimados para coleta 133 condenados por dia. O trabalho é feito na sede da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), com organização dos policiais civis e escolta da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais.
O serviço começa às 8h e segue até a conclusão das atividades. Trabalham na ação oito papiloscopistas, 13 peritos do DNA forense, policiais civis e policiais penais que realizaram as intimações. Nos dois primeiros dias da operação, mais de 248 condenados tiveram seu DNA e identificação criminal coletados.
Como funciona o processo de coleta do DNA?
A coleta do material genético é feita pela saliva. Na ação, a DGAP realizou as intimações para a realização das perícias pela SPTC, com coleta de material biológico para o Banco Nacional Genético e da identificação criminal dos condenados, coordenados pelo Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere).
Os alvos da operação são condenados pelos crimes ocorridos na Região Metropolitana de Goiânia. O perfil genético é colocado no Banco Nacional de Perfil Genético, servindo de base de dados aos trabalhos investigatórios da Polícia Civil, em especial do Gere.
O Gere investiga delitos de estupro com violência e sem autoria definida analisando laudos periciais e matchs. O match ocorre quando há coincidência genética entre o material colhido na vítima e o do autor ou quando há coincidência no material recolhido em local de crime com o autor do crime. Desta forma, é feita a comparação do material e identificação do autor pela coincidência genética.