Policiais, empresários e bancários estão entre as vítimas de golpe de criptomoedas
Policiais, empresários e bancários estão entre as vítimas de golpes milionários relacionados a criptomoedas e…
Policiais, empresários e bancários estão entre as vítimas de golpes milionários relacionados a criptomoedas e apostas esportivas. A Polícia Civil ainda não tem um número exato, mas acredita que centenas de pessoas foram vítimas do grupo criminoso responsável pelos crimes. Na última semana, quatro suspeitos de liderar o esquema criminoso foram presos em Bela Vista de Goiás. Um quinto investigado segue foragido.
Segundo o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), as vítimas investiram altas quantias imaginando que teriam retorno financeiro rápido e maior do que os obtidos em outros investimentos.
“Quando começaram a operar, no início do ano passado, estas pessoas ofereciam um lucro de 50%, e de fato pagaram para os primeiros investidores, o que acabou atraindo vários outros, não só em Bela Vista, mas em outras cidades. Este ano, porém, eles reduziram os lucros para 30%, e, desde outubro, não conseguiram mais honrar os compromissos, ocasião em que o principal articulador mudou da luxuosa casa onde morava”, destacou o investigador.
Ainda de acordo com o titular da Decon, para atrair as vítimas, o homem apontado como líder do esquema de golpe de criptomoedas em Goiás fazia questão de ostentar carros importados de alto luxo, mansões e viagens em redes sociais. No instagram, este suspeito tem mais de 700 mil seguidores.
Golpe de criptomoedas em Goiás: empresária perdeu dinheiro que juntou para montar padaria
Entre as vítimas da quadrilha está uma empresária residente em Bela Vista de Goiás, que investiu R$ 300 mil. Ela contou em depoimento que o dinheiro havia sido economizado durante vários anos para a aquisição de uma padaria, que era o sonho da família.
Além de cumprir quatro mandados de prisão, apreender veículos de luxo e três armas de fogo na semana passada, a Decon conseguiu, junto à Justiça, o bloqueio de bens, imóveis e até de criptoativos dos investigados, em valores que chegam a R$ 20 milhões. Este montante, segundo Webert Leonardo, seria o total do prejuízo causado pela quadrilha aos investidores.
Traficante que lavava dinheiro no esquema segue foragido
Todos os 11 mandados de busca e apreensão decretados pela justiça foram cumpridos, mas um suspeito de fazer parte do esquema criminoso segue foragido. Este homem, segundo o titular da Decon, é um traficante de drogas bastante conhecido em Bela Vista de Goiás, que participava do esquema criminoso para lavar o dinheiro obtido com a venda de entorpecentes.
Os cinco investigados foram indiciados por lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e crime contra a economia popular.
A polícia não divulgou nomes nem idades dos envolvidos e relatou apenas que três detidos são de uma mesma família, sendo pai, filho, e esposa.