DECISÃO

Policial acusado de extorsão contra dono de cassino seguirá preso, decide juiz

A prisão em flagrante do policial civil suspeito de extorquir um empresário no ramo de…

A prisão em flagrante do policial civil suspeito de extorquir um empresário no ramo de cassinos foi convertida em preventiva após audiência de custódia realizada na segunda-feira (7). O empresário participava de um tour turístico em São Jorge, região de Alto Paraíso, quando foi forçado por três policiais a transferir mais de R$9,9 mil em bitcoins. Os outros dois envolvidos foram liberados após prestar depoimento.

Policial tem registro por tortura e abuso de autoridade

O juiz Fernando Marney Oliveira, da comarca de Cristalina, entendeu que a prisão do policial atendeu “todas as exigências constitucionais quanto à lavratura do presente auto e não houve violência apta a maculá-lo”.

De acordo com o magistrado, a prisão do policial é vista como “cautelar máxima para evitar a reintegração delitiva”, uma vez que ele possui registro por abuso de autoridade e tortura.

Empresário foi sequestrado e sofreu ameaças para transferir dinheiro

O homem foi preso no domingo (6), após o dono do cassino denunciar a extorsão durante um passeio turístico que realiza na companhia de dois amigos, na região de Alto Paraíso. A vítima relata que os três agentes, a bordo de uma Land Rover, abordaram-no e disseram que sabiam que ele é dono de cassinos em Portugal, antes de ordenar que ele mostrasse as contas bancarias registradas no celular.

Conforme o relato do empresário, os policiais o levaram para uma espécie de chalé, em uma pousada, onde teve armas (uma pistola, um fuzil e uma metralhadora) apontadas para sua casa como forma de ameaça para que ele transferisse R$4.485 em bitcoins (avaliados em R$994,7 mil).

Outros dois policiais foram liberados após prestarem depoimento

Os outros dois envolvidos se apresentaram à Corregedoria da Polícia Civil de forma espontânea na data da prisão do policial. Por se apresentar espontaneamente, as chances da dupla ser presa são mínimas. Os dois prestaram depoimento e foram liberados logo em seguida, mas permanecem expulsos do estágio do CORE/GT3.

A Polícia Civil informou em nota que os três não faziam parte do grupo efetivo da corporação. “Os policiais estavam ainda no período de estágio na Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3) da PCGO, não pertenciam ao quadro efetivo do grupo, sendo que um deles estava em período de estagio há uma semana e o outro, há 11 meses. Ambos estavam de folga e não utilizaram armamento ou equipamento da CORE, nem mesmo a viatura policial. Imediatamente após o ocorrido ambos foram expulsos do estagio da CORE. Os procedimentos investigatórios seguem em curso para o esclarecimento do fato”.

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