Policial aposentado que ameaçou delegados cumprirá prisão domiciliar após alegar problemas psicológicos
Desembargador entendeu que o presídio não é adequado para o agente devido a patologia grave psiquiátrica e esquizofrenia com alienação mental
A prisão preventiva do policial civil aposentado investigado por coação, difamação e ameaça contra três delegados foi convertida em prisão domiciliar após a defesa do agente apresentar laudos médicos que constatam problemas psicológicos. O homem foi preso no último domingo (24), em Senador Canedo, após publicar um vídeo em seu perfil de uma rede social com alegações de que iria “picar na bala” o atual diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, delegado Alexandre Pinto Lourenço, além de outros delegados que já estiveram na direção da Corregedoria da PC.
Segundo a corporação, os delegados ameaçados foram responsáveis pelo processo de apuração de um caso de extorsão que teria sido praticado pelo agente há sete anos.
“Pela vasta documentação anexada, verifico que o paciente possui patologia grave psiquiátrica, esquizofrenia paranoide, com alienação mental e, inclusive, foi aposentado por invalidez. Entendo que a unidade prisional não é o lugar adequado ao paciente e a cautela recomenda seu afastamento do presídio, por conta da possibilidade de envolvimento em fatos mais graves”, diz o desembargador Ivo Favaro na decisão.
Perfil bloqueado
Diante dos laudos, o desembargador determinou que a prisão seja cumprida em regime domiciliar sob monitoramento eletrônico e com autorização de sair de casa somente em casos de absoluta necessidade pessoal ou familiar. Além disso, o policial deve se apresentar para as autoridades e prestar informações sempre que solicitado.
A decisão judicial determina ainda que o perfil da rede social onde o vídeo foi publicado seja bloqueado e excluído. Além disso, outros perfis administrados pelo agente devem ser suspensos.
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