Nova tentativa

Policial civil acusado de matar mulher enfrenta Júri Popular nesta terça (14)

Uma nova sessão de júri popular foi marcada para esta terça-feira (14) para julgar o…

Uma nova sessão de júri popular foi marcada para esta terça-feira (14) para julgar o agente da Polícia Civil (PC) Aluísio Araújo de Paula Frazão, 54 anos, acusado de matar a sua mulher, Renata Georgiane Souza Leite, 32 anos, em Goiânia. A sessão é presidida pelo juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida, Jesseir Coelho de Alcântara, da comarca de Goiânia. Crime ocorreu em maio de 2013.

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Aluísio teve prisão preventiva decretada, em 14 de março deste ano, após faltar duas vezes ao Tribunal do Júri que julgaria o crime do qual é acusado. O policial foi preso no dia 19 de março, em um hotel, no município de Caldas Novas.

Na época, o magistrado considerou ter ficado demonstrado o interesse do réu em não comparecer ao júri, uma vez que o órgão realizou todas as intimações e contatos com a Corregedoria da Polícia Civil para que ele fosse alertado da data de sessão de julgamento. Contudo, Aluísio alegou doença e não compareceu à sessão.

De acordo com o órgão, o agente teria reunido atestados médicos para alegar a impossibilidade de cumprir suas funções em um período de três dias a contar a partir do dia 13 de março. Aloísio teria feito o mesmo em situações anteriores.

Histórico

Em 30 de agosto de 2018, o então advogado de Aloísio renunciou a defesa e abandonou a causa . A Justiça determinou que fosse nomeado outro defensor no prazo de três dias. No dia 1º de outubro, o réu teria sido informado do fato e deveria comparecer a uma sessão do júri em 10 de dezembro.

Porém, como não Aloísio não tomou medidas, o magistrado decidiu nomear outro advogado para o réu e remarcar a sessão do júri para a última quinta-feira, 14 de março de 2019.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 5 de maio de 2013, por volta de 20h, na residência do casal, localizada na Rua Salvador, do Parque Amazonas, em Goiânia. Aloísio e a esposa, Renata, teriam retornado para o apartamento onde viviam após passarem um tempo em um bar ingerindo bebidas alcoólicas. Ao chegarem em casa, começaram a discutir sobre a separação e o fim do relacionamento.

Durante a briga, Aloísio pegou uma arma de fogo e efetuou um disparo contra Renata. A esposa não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Após o crime, o acusado fugiu.

Conforme registrou o TJGO, a investigação concluiu que o casal vivia um relacionamento conturbado há mais de um ano e teriam se separado diversas vezes.  Como o crime ocorreu antes da criação da Lei do feminicídio, Aloísio será julgado por homicídio qualificado por motivo fútil.

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo