INVESTIGAÇÃO

Policial militar é indiciado por morte de soldado da FAB em blitz, em Anápolis

A Polícia Civil (PC) indiciou um policial militar pelo homicídio do soldado da Força Aérea…

A Polícia Civil (PC) indiciou um policial militar pelo homicídio do soldado da Força Aérea Brasileira (FAB) Guilherme Souza Costa, morto a tiros depois de tentar fugir de uma blitz na cidade de Anápolis, a cerca de 60 km de Goiânia. O caso aconteceu na noite do dia 4 de março, na Avenida Universitária.

De acordo com a PC, os três PMs responsáveis pelos disparos foram identificados depois de análise das armas apreendidas e dos projéteis retirados do corpo da vítima. Dois deles estavam na frente de Guilherme e, segundo a corporação atiraram na direção das rodas da motocicleta.

O laudo mostrou também que o terceiro policial estava ao lado da vítima e efetuou disparos que atingiram a região do abdome e uma das pernas a uma distância de poucos metros. Foi esse disparo no abdome, ainda de acordo com a corporação, que matou o jovem.

Os policiais estão detidos em um presídio militar desde o dia 16 de março. Por meio de nota, a Polícia Militar informou que eles foram afastados pela Corregedoria e que estão à disposição da Justiça.

A defesa dos PMs afirmou ao portal G1 que os PMs envolvidos colaboraram a todo o momento para ajudar na elucidação dos fatos. Eles informaram ainda que confiam “na Justiça e aguarda que esta seja feita em relação aos militares, os quais estavam e sempre estarão a serviço da sociedade”.

Relembre o caso

Conforme relato da PM, o soldado não parou em uma blitz de trânsito e, logo percebeu que os policiais estavam atrás, teria jogado a moto em cima dos carros da polícia, mas foi atingido por disparos feitos pelos agentes.

Ainda segundo a Polícia Militar, a perseguição aconteceu por cerca de 5 km antes de ser feita a primeira tentativa de abordagem. O soldado chegou a ser socorrido e levado para o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas a morte foi confirmada pela unidade médica.

Apesar do relato da PM, a família afirma que o jovem não tinha passagem e nenhum envolvimento com o crime.

Em nota, a FAB disse que a arma encontrada com o soldado não pertence à corporação e ainda informou que colabora com as investigações.

Sobre a arma supostamente encontrada com o soldado, o laudo feito pela PC informou que “não foram reunidos elementos de informação para corroborar nem refutar tal alegação dos militares”.