Policial militar que agrediu frentista de posto diz que foi provocado
Vídeos mostram o momento em que o policial retorna ao local e agride o atendente de posto de combustíveis
O policial militar que agrediu um frentista em posto de combustíveis de Abadia de Goiás prestou depoimento nessa segunda-feira (18). Na oportunidade, ele alegou ter sido provocado pelo funcionário.
Responsável pela investigação do caso, o delegado Arthur Fleury explica que tudo começou quando o policial, que não teve o nome divulgado, se irritou ao ser questionado por sair do estabelecimento sem pagar o valor de R$20 referente ao abastecimento do seu veículo. Ainda segundo Fleury, o policial afirmou que tinha esquecido o cartão para pagar pelo combustível e pediu para ir em casa buscá-lo.
“Ele alega que pediu para deixar sua carteira funcional de PM como garantia até retornar, mas que o frentista recusou, falando que podia ser falso, que policiais tinham essa mania de não pagar as contas, e pediu para ele deixar a arma. Ele disse que, ao voltar, o frentista estava com um tom de deboche, rindo, e ele perdeu a cabeça”, contou o delegado.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o policial volta ao posto, desfere um tapa no frentista e o chama de vagabundo. “Você está achando que vou te dar um cano de 20 ‘conto’? Larga de ser vagabundo”, diz. “Vou partir sua cara”, ameaça exaltado.
O delegado contou que três testemunhas já foram ouvidas, mas que ainda falta o depoimento da vítima. O caso deve ser concluído até sexta-feira.