Responde em liberdade e trabalhando

Policial suspeito de matar torcedor do Goiás vai continuar trabalhando, diz PC

Em nota, corporação afirmou que afastamento do agente não possui amparo legal

Policial suspeito de matar torcedor do Goiás vai continuar trabalhando, diz PC

O Agente de Polícia Gabriel Tortura Chaves vai continuar desempenhando as funções na corporação. A confirmação foi feita Polícia Civil (PC) através de nota nesta quarta-feira (6). De acordo com a corporação, o afastamento do suspeito de matar Helênio Rodrigues Cardoso Filho, de 30 anos, não tem amparo legal.

A nota da PC esclarece também que a sindicância disciplinar não é justificada. Isso porque o crime, que aconteceu no dia 31 de outubro, foi fora de serviço e em circunstância diversa da função exercida por Chaves. Em termos técnicos: “porque o fato ocorreu fora de serviço, em circunscrição diversa de sua lotação”. Além disso, o texto ressalta que Gabriel Chaves não possui antecedentes criminais ou disciplinares.

A corporação informou ainda que o agente responde a inquérito policial. A decisão de mantê-lo trabalhando, de acordo com a PC, está “consonância com a decisão judicial que concedeu ao policial liberdade provisória”. Confira nota na íntegra no final da matéria.

Relembre o caso de Gabriel Chaves

De acordo com a Polícia Militar (PM), Heleno estaria junto com outros torcedores do Goiás na saída do estádio após a partida contra o Flamengo na quinta-feira (31). Eles, então, teriam cercado outros três torcedores rubro negros. O grupo teria exigido que os simpatizantes do time carioca retirassem as camisas que vestiam.

Ainda de acordo com a corporação, Gabriel teria sacado a arma e se apresentado como policial. Mesmo assim, ainda segundo as testemunhas, o grupo esmeraldino partiu para cima do trio. No momento em que arrancavam as camisas do grupo de amigos, o policial efetuou dois disparos e um deles atingiu o abdômen de Helênio.

Depois de ser atingido, Heleno foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu na sala de cirurgia.

O suspeito foi solto após audiência de custódia realizada no seguinte ao crime, no Fórum Criminal, em Goiânia. O juiz entendeu que Gabriel é “réu primário e que pode aplicar diversas medidas cautelares diversas da prisão ao indicado para lhe possibilitar aguardar o processo em liberdade.”

Em outro ponto do texto, o juiz explica que “que não há indícios de que em liberdade causará embaraços instituição penal, ou promoverá perturbação a origem pública ou econômica.”

[olho author=”Polícia Civil”]

“NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em resposta ao questionamento formulado por alguns veículos de imprensa, a Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás informa a permanência no exercício funcional do Agente de Polícia Gabriel Tortura Chaves, que é investigado por ter disparado o tiro que ensejou a morte de um torcedor no estacionamento do Estádio Serra Dourada, no último dia 31 de outubro de 2019.

O Policial responde a inquérito policial e a sindicância disciplinar, os quais não apresentam, no momento, amparo legal para o afastamento cautelar do servidor, inclusive porque o fato ocorreu fora de serviço, em circunscrição diversa de sua lotação e não há registro de antecedentes criminais ou disciplinares em seu desfavor. 

A medida guarda ainda consonância com a decisão judicial que concedeu ao policial liberdade provisória.”

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