Polícias ainda procuram dois envolvidos na morte de servidor prisional e esposa
De acordo com a força tarefa que investiga o caso, os dois suspeitos mortos em confronto na tarde de ontem participaram de forma efetiva da execução
As polícias Civil e Militar apresentaram na manhã desta sexta-feira (19) à imprensa detalhes da investigação que apura o assassinato do Vigilante Penitenciário Temporário (VPT) Elias de Souza Silva, de 38 anos, e da mulher dele Ana Paula Dutra, mortos na manhã de ontem nas proximidades do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ainda na tarde de ontem, dois suspeitos de participação no duplo homicídio morreram em confronto, e um acabou preso, mas o Mais Goiás apurou, com exclusividade, que pelo menos outros dois participantes da emboscada continuam foragidos.
Mais conhecido como “Neguinho do CV”, Kléber Wilker da Costa Simões, de 21 anos, e Jean Araújo Gondim, de 19 anos, o “Cavalo Doido”, segundo as polícias civil e militar, ocupavam o Renault Sandero que parou ao lado do veículo onde estavam o VPT e a esposa, e dispararam mais de 15 vezes contra o casal. Localizados no final da tarde por militares da Rotam, e agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) em uma casa no Jardim Primavera, em Goiânia, os dois pularam muros e entraram em um bar, onde, segundo a polícia, atiraram contra as equipes, e acabaram mortos. Dois revólveres calibre 38 foram apreendidos.
Pouco tempo antes do confronto, militares da Rotam já haviam prendido, na GO 070, saída para Inhumas, Welton dos Santos Gomes, que estava armado com um tevólver calibre 38, e que confessou ter roubado, na semana passada, o Sandero usado na execução de Elias Silva e Ana Paula. Incendiado pelos criminosos, o carro foi localizado também na tarde de ontem em uma mata perto da Avenida Perimetral Norte.
Presente à coletiva, o Secretário de Segurança Pública Rodney Miranda disse que a motivação do crime ainda está sendo apurada, e afirmou que não poderia dar detalhes, para não atrapalhar as investigações. “O que podemos afirmar é que isso nada tem a ver com ordens dadas por facções criminosas, mas pode ter certeza que em breve voltaremos aqui para apresentar a vocês o resultado desse trabalho realizado em conjunto, e, principalmente, em perfeita sintonia, por todas as nossas forças de segurança”.
Condenados são investigados
Apesar de não dar detalhes sobre a investigação, o Mais Goiás apurou que logo após a execução do VPT, policiais penais do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (GOPE) realizaram revistas em pelo menos três celas de presídios que ficam no complexo de Aparecida, e apreenderam alguns telefones celulares, que, acredita-se, podem levar à identificação dos mandantes. Os aparelhos já foram entregues à Polícia Civil, e serão periciados.
Além dos dois mortos e do suspeito que foi preso, a execução teria contado com a participação de pelo menos mais dois criminosos, que estariam dando cobertura em um segundo veículo, e que, inclusive, buscaram os comparsas que incendiaram o Sandero na região noroeste de Goiânia. No local onde o casal foi executado, os policiais encontraram cápsulas de pistola calibre 380. Esta pistola estaria com estes dois foragidos, já que com os dois mortos e o preso foram apreendidos apenas revólveres.