Por rixa entre famílias, cigano é morto a tiros em Goiânia

Um cigano, identificado como Pascoal Ribeiro Dantas, de 49 anos, foi morto a tiros dentro do veículo que dirigia na Avenida Anhanguera, próximo ao Terminal Praça da Bíblia, em Goiânia. De acordo com a Polícia Militar (PM), o atirador, Ucleverson Ferreira Cardoso, de 22, morreu após confronto com militares da corporação. A motivação do homicídio seria uma rixa entre famílias ciganas que se arrasta há duas décadas.

Ainda de acordo com a PM, Pascoal estava em uma Land Rover Discovery com sua filha, de 28 anos. No semáforo, Ucleverson, que estava em uma motociclista, parou e efetuou diversos disparos. Pascoal foi atingido no peito. Chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu na unidade. A filha dele foi atingida no braço, mas passa bem.

Uma equipe de policiais militares viu a ação e se deslocou na direção do atirador. Porém, segundo a corporação, Ucleverson teria disparado contra a equipe, que revidou. Ele morreu na hora. Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre .380.

Durante o procedimento, os militares avistaram dois veículos – um VW Fox e um Renault Logan – que estariam de apoio ao atirador. Na abordagem, os policiais prederam mais quatro pessoas. Eles alegaram que o crime foi motivado entre desavenças entre as duas famílias.

No veículo do Pascoal, os militares encontraram um pistola .40 com kit rajada. A PM também esteve na casa dele e prendeu a cunhada que estava com mais três pistolas. Segundo a corporação, todos os envolvidos já possuem passagens criminais em Goiás e outros estados brasileiros. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

Velho conhecido da polícia

Em novembro do ano passado, Pascoal teria sido preso com mais dois membros da família na Operação Nômade, que investigava diversos assassinatos cometidos por eles. Naquela época, o saldo estava em 13 tentativas de homicídio e dezenas de mortos. Além de Goiás, os crimes teria sido cometidos na Bahia, Tocantins, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal.

O delegado Rilmo Braga, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) afirmou, à época, que a rixa se arrastava por mais de 20 anos e começou após dois primos gostarem da mesma mulher.  “Por conta desse caso passional, eles se dividiram, mudaram de cidade, e começaram a se matar sempre que se encontravam, levando o medo a moradores da Bahia, Rondônia, Tocantins, e Distrito Federal”, destacou.

O último assassinato atribuído aos irmãos, de que a polícia teve conhecimento, foi aconteceu em novembro de 2018, em Eunápolis (BA). A vítima em questão era casado com a filha de Pascoal. O homem foi morto a tiros pelo próprio sogro. O pai da vítima chegou a ser atingida, mas sobreviveu. Desde então, segundo as investigações, Pascoal teria se mudado para Goiânia, onde vivia em um condomínio fechado de alto luxo.