Posse de entorpecentes representa mais de 60% dos TCOs lavrados na força-tarefa Ponto Final
Porte de drogas seriam para consumo próprio. Segundo coronel, número reflete ação da PM, cujo objetivo é remover usuários de drogas dos terminais de ônibus
Posse de drogas para consumo próprio é o caso mais predominante na lista de Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) lavrados pela Polícia Militar na primeira semana da operação Ponto Final. Até quarta-feira (9) foram lavrados 28 TCOs nos cinco terminais que recebem a linha Eixo Anhanguera, dos quais 17 deles (60,7%), se referem ao porte de entorpecentes para consumo individual.
A lista ainda é engrossada por três registros de desobediência, dois de posse de arma branca, dois de perturbação do trabalho e sossego alheios, uma ameaça e um caso de vias de fato. Com auxílio de plantonistas como defensores públicos, promotores e juízes, processos já foram abertos contra os autores, os quais já possuem até audiência marcada para maio, junho, outubro e novembro.
Para o comandante do policiamento da Capital, coronel Ricardo Mendes, a tendência é de que os números aumentem nessa segunda semana de força-tarefa. “Isso deve ocorrer principalmente em razão de ações preventivas da PM e, sobretudo, pela agilidade do atendimento público propiciado pelos órgãos estaduais que aderiram à operação”. Veja tabela a seguir:
Sobre a grande quantidade de usuários flagrados, Ricardo afirma que não há chance dessas pessoas serem, na verdade, traficantes tentando se passar por usuários. “Essa quantidade é esperada. Nossa missão é removê-los dos terminais. As características apontadas pelos TCOs são de usuários, sem margem para interpretações. Com a saída deles, esperamos redução de crimes contra o patrimônio, como roubo de celulares, por exemplo”.
Nenhuma ocorrência de furto e/ou roubo foram registradas na primeira semana da Ponto Final. Para Mendes, a ausência de TCOs nesse sentido reflete o aumento da segurança nesses ambientes. “Sem dúvida nenhuma podemos afirmar que a ausência de ocorrências de roubo se dá pela presença ostensiva de policiais, os quais também agem preventivamente.