Possibilidade de lockdown em Goiânia preocupa bares e restaurantes
Categoria cobra atenção das autoridades para prejuízo a ser colhido com fechamento
A informação de um possível lockdown em Goiânia deixou o comércio da região atento e preocupado. Comerciantes que atuam no ramo de bares e restaurantes, e que podem ser afetados pelo fechamento das atividades não essenciais da capital, manifestaram apoio às novas medidas que devem ser anunciadas ainda hoje (26) para frear o avanço da segunda onda da covid-19. No entanto, a categoria cobra atenção das autoridades para os problemas enfrentados com as restrições.
Ao Mais Goiás, o proprietário do Cateretê Bar e Restaurante, Emerson Tokarski, disse que é necessário que algo seja feito para frear a contaminação pela covid-19 em Goiânia, não só para o comércio, mas para todos os setores. No entanto, para o empresário, a possibilidade de um novo decreto, desta vez mais severo, “mostra despreparo, falta de organização e nos deixa nos escuro pra tocar nossas atividades empresariais”.
“Fizemos um planejamento, compras e estoques durante a semana tendo em vista o decreto do prefeito de segunda-feira. Um dia depois do decreto começar a valer, já vão mudar de novo?”, questiona.
De acordo com Tokarski, caso haja um lockdown, a reação será de “demissões em massa de centenas de funcionários e fechamento de algumas dezenas de casas que já estavam mal dando conta de pagar as conta”.
Para garçom, categoria está abandonada
O garçom e gerente do Bahrem, em Goiânia, Ailton Maranhão, relata que o estabelecimento conta hoje com 60 funcionários. No entanto, com as restrições em vigor, tem havido dificuldades em manter o corpo de profissionais.
Segundo Ailton, é necessária uma iniciativa mais rígida para o controle da contaminação pelo coronavírus. Porém, o garçom diz que as medidas estão vindo sem nenhum respaldo para os trabalhadores afetados diretamente por elas.
“Não adianta ficar do jeito que está. É preferível até que feche para dar uma parada nesse avanço [do coronavírus]. Porque, do jeito que fizeram, de restringir o som e até 21h, ninguém vai sair de casa pra ficar só duas horas num bar, ainda mais sem som”, afirma Ailton. “A gente só queria que as pessoas olhassem mais para a categoria, porque ninguém fala ‘quando’, ‘por que’. A gente não tem apoio de ninguém”, completa.