Violência

Posto da PM pode sair do Setor Ipiranga, em Goiânia

Moradores do Setor Ipiranga, região Oeste da capital, estão preocupados com a possível saída de…

Moradores do Setor Ipiranga, região Oeste da capital, estão preocupados com a possível saída de um posto da Polícia Militar (PM) do bairro. Localizado na região do Terminal Padre Pelágio, ele pode sair do local por falta de pagamento, revelou uma fonte ao Mais Goiás.

O Comando de Policiamento da Capital fica na Avenida Castelo Branco, em salas comerciais de um condomínio, há cerca de dois anos. De acordo com relatos de moradores, a segurança da região melhorou bastante depois que os policiais se instalaram na região.

“Aqui acontecia todo tipo de violência”, disse uma moradora do condomínio. Ela afirma estar muito preocupada com a possível saída dos policiais na região.  “Se eles saírem, vamos voltar à realidade de dois anos atrás, quando não podíamos sair na rua”.

Willian Reis também é morador do prédio, tem um Pit Dog em frente ao posto há cerca de dois anos. Ele afirma que o estabelecimento foi roubado seis vezes e teme que a situação piore. “Já corri atrás de ladrão em cima do telhado. Você acorda de madrugada e eles estão entrando, desligam o relógio para não dispararem o alarme. Eles já judiaram demais de mim”.

O comerciante ressalta também que o uso de drogas na região contribui para o aumento da violência. “Tem uma região perto do Terminal Padre Pelágio que é uma cracolândia. À noite é aquele tanto de ‘zumbi’ (sic) fumando crack nas ruas. Se tirar a polícia dali a gente não vai ter nem condições de entrar no prédio. Com eles lá já está desse jeito, imagina sem”, concluiu.

A presença de agentes da Força Nacional da região também tem tranquilizado a população da região. De acordo com informações do condomínio, 35 policiais moram no prédio por causa do posto. O temor é que, com a mudança, eles saiam de lá para outros lugares.

Falta de pagamento da PM

Uma fonte revelou ao Mais Goiás que o motivo da possível saída seriam atrasos no pagamento do aluguel das salas comerciais onde o posto está instalado. A informação é de que o pagamento não é feito há vários meses e que a FR Incorporadora, responsável pelo imóvel, já teria oferecido opções de negociação. Apesar disso, a previsão de saída seria de, no máximo, 60 dias.

Por telefone, a FR afirmou à nossa equipe que não foi notificada da saída do posto da PM do local. Quanto aos atrasos no aluguel, a empresa disse que não revela tais informações por questões éticas.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas a pasta disse que as informações deveriam ser repassadas pela PM. A corporação, por sua vez, não se manifestou sobre o caso até o fechamento da matéria. O espaço está aberto para manifestação.