Posto em Aparecida de Goiânia é assaltado mais de 30 vezes

Um posto de combustível no Setor Itapuã, em Aparecida de Goiânia, se tornou alvo constante da ação de bandidos em apenas cinco meses, logo após sua inauguração. Desde então, foram mais de 3o assaltos a mão armada a funcionários e clientes. De acordo com o gerente, que prefere não se identificar, há três semanas o local foi assaltado durante sete dias consecutivos.

“Já foram levados cofre, um carro do frentista, celular, dinheiro, celular de clientes”, enumera o funcionário. “Coloquei grades nas portas, grades em tudo, nem segurança quer ficar mais porque tem medo, e não posso por segurança armado”. O problema, segundo ele, seria a falta de policiamento na região, que facilitaria os crimes.

“Um dia um homem veio assaltar o frentista e depois voltou para abastecer no posto no outro dia, com a cara limpa. Eles não usam nada, chegam a pé e abordam. Outra vez três ficaram esperando a funcionária chegar e trancaram ela dentro da troca de óleo, ficou lá até eu chegar para pegarem dinheiro comigo”, conta o gerente.

“No dia que roubaram o carro do meu funcionário, levei ele na delegacia para fazer a ocorrência, e é a maior burocracia do mundo. Nem estamos fazendo mais, porque não dá nenhum resultado. [A polícia] até vem, mas uma hora depois não adianta mais”. Além do estabelecimento em que trabalha, outros dois postos na mesma avenida sofrem com o mesmo problema. Um dele teria tido um cofre roubado recentemente, com prejuízo estimado em R$34 mil.

“Na última vez, que colocaram a arma na cabeça do frentista, eu passei na frente da viatura, parei meu carro e falei ‘acabaram de roubar meu posto, vamos lá comigo’, e eles disseram que já tinham recebido o chamado e já estavam indo, mas nem foram no posto no dia. Os funcionários estão com medo, não querem mais ir trabalhar. Se continuar assim, vamos ter que fechar o posto”, lamenta ele.

Nota

O 26º Comando Independente da Polícia Militar (CIPM) informa que enviará ao local o Comandante do Policiamento da Unidade para conversar com comerciantes e moradores da região, a fim de encontrar maneiras de fortificar a segurança do local. Um telefone direto com o responsável pelo patrulhamento também foi repassado aos postos.