Preço de frutas e verduras aumentou até 300% em um ano, diz Ceasa de Goiás
O preço dos alimentos vendidos na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) sofreu aumento que…
O preço dos alimentos vendidos na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) sofreu aumento que pode chegar a até 300%, dependendo do item analisado, entre o ano passado e esse ano. São dados de um levantamento realizado pelo próprio órgão. Um dos exemplos mais flagrantes do alto reajuste no valor dos hortifrutigranjeiros é a caixa com 21 quilos de cenoura, que em abril de 2021 custava R$ 35 e agora custa R$ 140.
O tomate também sofreu um aumento considerável. Em 2021, a fruta era vendida a R$2,06 o quilo e, atualmente, é encontrada a R$5,47. A alta chegou às gôndolas de supermercado. Há estabelecimentos que vhoje vendem o quilo a R$9,99.
Preços baixos do ano passado desestimularam produtores, diz gerente técnico da Ceasa
A explicação, segundo o gerente técnico da Ceasa, Josué Lopes, é que “o histórico de preços muito baixos no ano passado desestimulou os agricultores a produzir por causa do preço de mercado, e isso provoca uma diminuição no plantio e na produção, o que resulta nos preços atuais”.
Além disso, os produtos para a agricultura também tiveram aumento. Um saco de adubo que antes era encontrado a R$103, hoje é vendido a R$274 direto da fábrica. “Muitos produtores pararam de produzir devido aos insumos que são cotados em dólar e tiveram um aumento. O adubo dobrou de preço, os inseticidas dobrou de preço. Então, ficou inviável produzir. Antes eu tinha mais de 10 produtores, agora eu devo estar com uns cinco”, relata a vendedora de pimentas, Adriana Bernardes.
Chuvas também prejudicaram plantações
Outro fator relevante foram os altos volumes de chuvas que destruíram produções inteiras. “Com chuvas tem alguns produtos que adoecem mais. Bate o inseticida, vem a chuva e lava. Agora para a chuva e vem muito tempo de sol. Essas mudanças de clima dá uma desestabilizada na produção. Vemos aumento na cenoura, na vargem, no tomate, no jiló. No caso da cenoura, por ela ficar debaixo da terra e essa terra vira lama com a chuva, perde-se a produção”, explica Adriana.
Segundo a vendedora de pimentas, no ramo dela, um terceiro fator é a falta de mão de obra para trabalhar nas plantações. No caso das pimentas, a variam do ano passado para esse ano chega a R$25 o quilo dependendo do tipo. A variação do preço por quilo da pimenta de cheiro foi de R$20, da pimenta bode R$25 e da cumari foi de R$40.
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