Preço do gás em Goiânia subiu quase 40% em 2021, aponta IBGE
Alta no preço do gás de cozinha foi um dos fatores que mais impactaram o grupo Habitação na capital
O preço do gás de cozinha subiu 39,62% em Goiânia em 2021. O acumulado dos últimos doze meses registra alta de 43,58%. É o que aponta o IBGE, que divulgou hoje (25) os dados referentes ao IPCA-15, com a prévia da inflação.
De acordo com o IBGE, a alta no preço do gás de cozinha foi um dos fatores que mais impactaram o grupo Habitação na capital, que teve uma variação de 4,66% em novembro e foi o que mais subiu entre os nove grupos pesquisados pelo órgão. O número, segundo o órgão, é puxado pela alta do gás que, só neste mês, teve uma variação de 3,12%.
Ao Mais Goiás, o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias, o botijão de gás de 13 quilos pode ser encontrado em Goiânia com o valor que varia entre R$ 110 e R$ 115. No entanto, as vendas na capital tiveram uma queda constante nos últimos quatro meses e, hoje, correspondem a cerca de 30% do normal. “[Os aumentos e a crise] quebraram muita gente e muitos saíram do mercado, deixaram de vender gás. E em muita dona de casa que parou de comprar, estão usando lenha”, diz o presidente do sindicato.
De acordo com o Dias, não é o ICMS que impacta no preço do gás, mas sim o valor que sai da Petrobras. O ideal para o presidente, seria uma baixa do preço direto na estatal, viabilizada pelo governo federal. “ICMS não pesa muito não. O que precisa é o governo abaixar dentro da Petrobras. O que não pode é o presidente dizer que tirou o imposto e depois subir 40%. O que ele tirou foi R$ 2 [do gás]!”, conclui.
Preço do gás em Goiânia reflete prévia da inflação alta
O boletim divulgado hoje pelo IBGE com o IPCA-15 indicou que a prévia da inflação em Goiânia foi a maior do país no mês de novembro. A variação deste mês na capital foi de 1,86%, a maior taxa desde o ano de 2005, quando esse número chegou a 2,14%.
De acordo com o IBGE, todas as áreas pesquisadas – alimentação e bebidas, habitação, transportes, educação, artigos de residência, vestuário, despesas pessoais, saúde e cuidados pessoais e comunicação – tiveram alta em novembro. Em Goiânia, o índice de 1,86% foi puxado pela energia elétrica (10,93%) e pela gasolina (5,87%).