Prefeito de Lagoa Santa é suspeito de receber diárias de forma ilegal e fraudar licitações
Advair Gonçalves Macedo, prefeito de Lagoa Santa (município que fica distante 428 km de Goiânia),…
Advair Gonçalves Macedo, prefeito de Lagoa Santa (município que fica distante 428 km de Goiânia), foi afastado do cargo junto com outros sete servidores após a Polícia Civil encontrar irregularidades em licitações, e em diárias de viagens que teriam sido pagas de forma indevida. As investigações apontam que o município, apesar de ter pouco mais de 1,4 mil habitantes, era o que mais gastava em Goiás com supostas viagens do prefeito, e de alguns servidores.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) começou a investigar o prefeito após receber uma denúncia anônima. Os agentes, então, constataram que o município gastou, somente em um ano, R$ 500 mil em diárias.
“Nós descobrimos que todo esse valor foi repassado diretamente ao prefeito, que não conseguiu apresentar nenhum recibo, e que alegou ter se hospedado em hotéis que, constatamos, não tinha nenhuma reserva feita em nome dele, ou da prefeitura”, descreveu o delegado Cleybio Januário, da DERCAP.
O esquema criminoso, segundo o delegado, funcionava há pelo menos cinco anos, e contava com o envolvimento de outros sete servidores, que, junto com o prefeito, tiveram seus afastamentos determinados pelo Tribunal de Justiça de Goiás. A justiça também decretou o bloqueio de R$ 5 milhões dos investigados.
O prefeito, alguns servidores, e dois empresários são investigados, também, por suspeita de direcionamento de licitações para que apenas empresas ligadas ao grupo se sagrassem vencedoras no certame. Durante operação desencadeada nesta terça-feira (15), os agentes da DERCAP cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em Lagoa Santa, e Itarumã. Um dos suspeitos foi autuados em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, já que a polícia encontrou, na casa dele, um revólver, e uma espingarda sem registros.
Além do prefeito e dos sete servidores, outras sete pessoas também estão sendo investigadas. Caso o esquema seja comprovado, eles serão indiciados por fraude a licitação, associação criminosa, e peculato. A assessoria do prefeito de Lagoa Santa ainda não se pronunciou sobre as denúncias.
Veja imagens cedidas pela polícia: