Irregularidades

Prefeito de Luziânia é investigado por contratação de funcionário fantasma

O prefeito do município de Luziânia, Cristóvão Vaz Tormin (PSD), é investigado pela contratação de…

O prefeito do município de Luziânia, Cristóvão Vaz Tormin (PSD), é investigado pela contratação de funcionário fantasma. O caso é investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), através de uma ação civil pública. O órgão apura a nomeação de Joaquim Chaves de Freitas Carvalho no cargo de chefe de Divisão de Atividades Recreativas, lotado na Secretaria de Esporte e Lazer. Na ação, o órgão solicita o bloqueio de bens do prefeito.

De acordo com o MP-GO, Joaquim nunca compareceu na secretaria para trabalhar. O próprio funcionário afirmou aos promotores que ia ao gabinete do prefeito raramente, para fazer serviços particulares para Tormin. Além disso, a investigação apurou que Joaquim é irmão da prefeita de Novo Gama, Sônia Chaves de Freitas Carvalho Nascimento (PSDB), aliada do prefeito de Luziânia.

A investigação apurou ainda que o servidor foi exonerado em março deste ano. Apesar disso, ele continuou a receber normalmente por pelo menos dois meses. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

Nomeação em troca de apoio

Joaquim disse também que conseguiu o cargo por ter relação antiga com Tormin. No entanto, os promotores acreditam que o funcionário foi lotado na prefeitura em troca de apoio político para o primo do prefeito, Wilde Cambão (PSD), que foi candidato a deputado estadual.

De acordo com a ação, o órgão tem investigado o prefeito desde o início do ano e constatou diversas irregularidades. Tormin é alvo de mais de 100 investigações de casos como contratações de funcionários fantasmas, nepotismo, entre outros casos.

O Mais Goiás tentou contato com a assessoria do prefeito, mas as ligações não foram atendidas até às 16h12. O espaço está aberto para manifestação

Abuso sexual

E outubro deste ano, o Mais Goiás noticiou que uma servidora concursada da prefeitura de Luziânia teria sido abusada pelo prefeito por três vezes, entre os anos de 2016 e 2018. As denúncias também são investigadas pelo MP-GO e apontam que as investidas aconteciam dentro do gabinete, quando a servidora o procurava para falar sobre uma gratificação.

Na época, o político afirmou que a acusação não era verdadeira e fazia parte de armação política. Ele chegou a registrar boletim de ocorrência de falsa comunicação de crime. Em vídeo publicado nas redes sociais, Tormin afirma que meses antes de a servidora o acusar de abuso sexual, ele teria sido alertado que pessoas ligadas a um deputado estadual, um vereador e um candidato a prefeito derrotado na última eleição iriam depor contra o político. Os nomes dos políticos, no entanto, não foram revelados.