ABUSO SEXUAL

Prefeito de São Simão é preso suspeito crime contra a dignidade sexual de menores

O prefeito de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), foi preso na tarde desta…

O prefeito de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), foi preso na tarde desta quarta-feira (28) a pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ele é suspeito de envolvimento em crime contra a dignidade sexual de menor de idade. Ao todo, seis vítimas fizeram denúncias ao órgão.

A prisão do gestor integrou a Operação Paideia, deflagrada pelo MP-GO com o apoio da Polícia Civil (PC). Foram cumpridos também três mandados de busca e apreensão. O processo corre em segredo de justiça, uma vez que o suposto crime envolve menores de idade. Por esse motivo, não foram passadas mais informações.

A assessoria de imprensa da prefeitura publicou uma nota afirmando que as acusações são infundadas e que serão esclarecidas ao longo das investigações.

Vítima se manifesta

Uma das supostas vítimas do prefeito, Luís Manuel Araújo, se manifestou sobre o caso nas redes sociais. Em uma postagem ele afirmou que que fez denúncia ao MP-GO e que sofreu abusos sexuais quando tinha 9 anos e que o crime foi cometido entre os anos de 2001 e 2007 Luís disse que, por conta do crime, desenvolveu graves transtornos mentais. “A cidade merece essa minha satisfação. Dinheiro não me compra, eu já defendi muito ele, agora estou enfim liberto dessa sombra na minha vida”, disse Luís.

Na tarde desta terça-feira, Luís comentou sobre o caso em uma live. Ele afirmou que toma remédios psiquiátricos e que o abuso causou grandes consequências na vida dele.

“É uma coisa que aconteceu comigo e que eu não gostaria que acontecesse com outras pessoas. Eu acho que preciso fazer isso para me libertar do que aconteceu e tocar a minha em frente. Hoje eu sou um cara com traumas. Eu tomo cinco remédios psiquiátricos todo dia antes de dormir. Desde o início do meu tratamento eu engordei 30 quilos”, disse a vítima.

“[…] Eu não estou culpando diretamente ele, mas o processo, o tempo do abuso, o tempo dessa situação e o sofrimento dia após dia são os desdobramentos. […] Um abuso pode ficar em um dia só, mas as marcas e as consequências vão repercutindo dia após dia. A ideia entra na sua cabeça e você não sabe o que você faz. Se você chora, se você morre, se você grita, se você finge que nada está acontecendo”, completou.