O prefeito Paulo Garcia decretou nesta sexta-feira (11/12) estado de emergência em saúde na capital. A medida foi tomada em virtude do alto índice de infestação do Aedes aegypti e notificações de Microcefalia em diversas regiões do país.
“Não há, ainda, casos de microcefalia associados ao vírus zika em Goiânia. A medida adotada pelo prefeito é preventiva. Não esperaremos o primeiro caso ser confirmado para tomar atitude”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim.
As ações de controle ao mosquito já foram iniciadas pela administração municipal. Atualmente, há serviços de limpeza das áreas públicas pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e as visitas domiciliares, que já somam 1,5 milhão em 2015, pelos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde em todas as regiões da cidade. A partir de segunda-feira, 14, todos os demais órgãos da Prefeitura de Goiânia estarão envolvidos nas atividades. “Toda a prefeitura estará mobilizada para o controle do Aedes Aegypti”, garante Flúvia.
A superintendente explica que, mesmo com a intensificação das ações de combate ao mosquito transmissor pela administração do município, é fundamental que toda a população se mobilize. “É necessário união entre poder público, sociedade civil organizada e toda população de Goiânia. Não há vacina e nem tratamento específico. A única forma de controlar a doença é controlando o mosquito”, destaca.
Semanalmente, os cidadãos devem avaliar possíveis acúmulos de água em suas residências e eliminá-los em seus locais de trabalho. Vale lembrar que o mosquito tem preferência pelos criadouros artificiais como plásticos, pneus, garrafas, latas, calhas, vasos sanitários e piscinas. “Em Goiânia, há risco iminente de circulação do Zika Vírus. Qualquer um de nós pode ser contaminado a qualquer momento”, pontua Flúvia, destacando a seriedade da ação e a necessidade de uma força-tarefa envolvendo todos os goianienses.
Nesta sexta, foi confirmado o primeiro caso do zika na região metropolitana. O registro é do município de Goianira, a 29 km da capital.
No Estado, não há nenhum caso confirmado de microcefalia causada pelo zika. No entanto, há cinco casos sendo investigados e outros 27 sem qualquer relação com a doença.