Inspirada na experiência carioca, a Prefeitura de Goiânia apresentou na manhã desta terça-feira (05/07) um projeto que pretente instalar 30 estações com 300 bicicletas públicas compartilhadas em pontos estratégicos da cidade. O edital para a implantação do serviço já está aberto e a expectitiva que é que até final do ano as bikes já estejam circulando pela capital.
Segundo o diretor técnico da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Sávio Afonso, o usuário pagará uma taxa – que pode ser diária, mensal, semestral ou anual – e, por meio de um aplicativo, a bicicleta poderá ser reutilizada em uma estação. “No espaço de uma hora voce tem que devolver a bicicleta para uma das estações. Depois você espera 15 minutos e aí você já pode retirar novamente outra bicicleta nessa estação ou em outra estação. O usuário poderá usar quantas vezes ele quiser.”
Durante a apresentação do projetos as empresas interessadas na manhã de hoje, a CMTC sugeriu locais como a Praça Tamandaré, Praça Cívica, Praça Universitária e Terminal da Praça da Bíblia para a instalação das estações das bicicletas compartilhadas. “Estamos sugerindo, levando em consideração que são locais polos gerados de demanda e que podem integrar com outros serviços [ônibus], mas os locais podem ser alterados pela empresa que vai operar o sistema”, ressaltou Afonso
Gestão e patrocínio
O projeto será implantado em parceria com o setor privado. De acordo com o diretor técnico da CMTC, o poder público irá ceder os espaços que serão utilizado por uma empresa que fará a gestão do sistema, que ainda terá um ou mais patrocinadores. “A taxa que o usuário paga não é suficiente para sustentar o projeto, que precisa de tecnologia, tem estações, bicicletas, apoio logístico. É toda uma despesa e, por isso, o operador precisa fazer parceria com o patrocinador para poder viablizar o projeto,” explicou.
As propostas técnicas deverão ser apresentadas à Comissão Permanente de Licitação da CMTC no dia 10 de agosto. Após a assinatura do contrato com a prefeitura, a empresa operadora terá 15 dias para a insalação das primeiras 10 estações e, depois, a cada 30 dias, uma nova estação deverá ser instalada, afirma Afonso. “Nossa expectativa é que as bicicletas estejam circulando até o final do ano.”
Projeto antigo
De acordo com o diretor técnico da CMTC, a ideia da implantação do serviço das bicicletas públicas compartilhadas surgiu em 2012, mas naquele ano não existia infraestrutura cicloviária em Goiânia. “Hoje a realidade é outra: temos em torno de 50 quilômetros já instalados de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, e tem 44 quilômetros já em implantação. O prefeito Paulo Garcia tem estimmulado isso aí por meio da instalação da infraestrtura e entendemos que agora chegou o momento para que as empresas venham a se instalar em Goiânia”, argumentou.
Ainda segundo Afonso, estudos indicam que cerca de 4% da população de Goiânia e 6% da região metropolitana já utilizam a bicicleta como meio de locomoção. O transporte público coletivo é usado por 30% desta população. A expectativa é que, com mais esse incentivo da prefeitura, o número de ciclistas aumentem na capital.