Prefeitura colocou 21 pessoas no final da fila por escolher vacina em Goiânia
Cerca de 20 dias após a Prefeitura de Goiânia publicar decreto que permite colocar no…
Cerca de 20 dias após a Prefeitura de Goiânia publicar decreto que permite colocar no final da fila as pessoas que recusam vacina contra Covid-19 por conta do fabricante, a cidade registrou 21 casos de moradores que tentaram escolher o imunizante na hora da vacinação. Tais pessoas assinaram um termo e agora precisam aguardar o cumprimento de todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI) e a finalização de todos os grupos etários. O número, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é baixo e deve-se ao decreto, bem como à publicização do assunto na mídia.
Ao Mais Goiás, a secretária executiva da SMS, Luana Ribeiro, disse que em junho, com a chegada de inúmeras doses, Goiânia enfrentou sérios problemas de recusa. Ela conta que, no dia 13 de julho, 346 pessoas recusaram a vacinação por conta do fabricante da vacina. Tais recusas ocorreram em um único ponto, no drive-thru do Passeio das Águas, dia em que foram distribuídas 2 mil senhas para imunização da população.
À época, por falta de ato normativo, nenhuma dessas pessoas foram notificadas ou colocadas no final da fila de vacinação. No dia 14 de julho, após campanha e publicização na mídia, o número dos chamados ‘sommeliers de vacina’ foi de 15 pessoas.
Com a publicação do decreto, a inserção das pessoas que escolhem o imunizante no final da fila foi permitida. De lá para cá, 21 pessoas foram colocadas formalmente nesta situação. De acordo com Luana Ribeiro, ainda há ocorrências de recusa, mas o índice é menor.
Entre as pessoas que tiveram de assinar um termo de recusa está o deputado estadual delegado Humberto Teófilo (PSL). No último dia 30 de julho, ele se negou a ser imunizado com a Coronavac. Agora, só deve ser vacinado quando toda a população acima de 18 anos for devidamente imunizada.
“Bem coletivo”
A secretária executiva da SMS diz que entende o direito individual, mas ressalta que a vacinação é um bem coletivo. “A vacinação não é individual, ela é coletiva. Quando a pessoa agenda a imunização e recusa tomar a vacina, ela está tirando o lugar de alguém que, de fato, quer se imunizar”, disse.
Conforme explica Luana, todas as vacinas são eficazes e possuem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A profissional pontua que nenhum imunizante protege da Covid-19, mas que atua no sentido de evitar casos graves, internações e óbitos.
“É importante dizer que não se discute vacina. A gente espera que a população compreenda a importância e não escolha o tipo de imunizante por conta do fabricante. Nossa única esperança é a vacina, seja ela qual for”, concluiu”.