Prefeitura de Goiânia descarta privatização do Imas
A Prefeitura de Goiânia afastou a possibilidade de privatização do Imas (Instituto Municipal de Assistência…
A Prefeitura de Goiânia afastou a possibilidade de privatização do Imas (Instituto Municipal de Assistência aos Servidores), nesta quarta-feira (16). O anúncio foi feito depois de uma reunião com representantes do Ministério Público de Goiás, que teve como objetivo discutir soluções à crise enfrentada pelo instituto.
Durante uma entrevista coletiva, o secretário municipal de Governo, Arthur Bernardes, disse que ‘o Imas tem um problema crônico nos seus controles’ e reforçou a necessidade de uma reformulação completa, sem que haja interrupção dos atendimentos.
O secretário enfatizou que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, acredita que o Imas tem condições de se autossustentar e que essa é a missão da gestão dele desde o princípio. Portanto, não aceita a possibilidade de privatizar a entidade.
“A determinação do prefeito sempre foi que procurar a autosustentabilidade do Imas, que seja um plano de saúde que propicie o melhor atendimento possivel ao servidor publico goianiense, com o menor custo possível, sem que seja necessário privatizar o instituto”, disse ele.
Plano de ação
De acordo com Arthur, para lidar com a crise, a Prefeitura irá mobilizar todos os órgãos municipais possíveis e também os órgãos externos. Justamente por isso, se reuniu com o Ministério Público de Goiás, a fim de desevolver um plano de ação.
“Não vai ser um órgão, uma pessoa, será uma força-tarefa. Precisamos de todos os órgãos envolvidos nisso”, afirmou o secretário. Entre os objetivos do plano está a busca por salários regulares.
Problemas
Durante a coletiva, o secretário disse que ainda é muito precoce para precisar ou estimar qual o tamanho da dívida do Imas. O que se sabe, até o momento, é que se trata de uma dívida milionária. O novo presidente da autarquia, Jefferson Leite da Silva, chegou a dizer ao prefeito que a situação é “catastrófica”.
Segundo o secretário, os números exatos da dívida ainda estão sendo levantados. “Existe muita dificuldade por conta dos sistemas antigos do Imas”, declarou.
A atual gestão já identificou situações como o “excesso” de cirurgias bariátricas a R$ 60 mil, sendo que o custo médio varia entre R$ 20 mil e R$ 40 mil e de intervenções estéticas.
Consequências da crise
Recentemente, o atual presidente do instituto, Jefferson Leite da Silva, alertou o prefeito Rogério Cruz que a entidade possui uma dívida milionária, que impossibilitava o pagamento de muitos prestadores de serviço, por exemplo.
Uma das consequências da crise aconteceu no último dia 2 de fevereiro, quando a Ahpaceg (responsável pelos hospitais privados de Goiás) comunicou que as unidade médicas filiadas haviam suspendido os atendimentos pelo Imas devido os atrasos de pagamento há mais de cinco meses.
Jefferson leite pediu um voto de confiança e a Ahpaceg retornou os atendimentos no dia 7 de fevereiro.